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sábado, outubro 18, 2025

Tarifaço dos EUA deve ter efeito pequeno sobre Brasil, diz FMI

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A elevação das tarifas americanas sobre produtos brasileiros deve ter poucas consequências para a economia do Brasil, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI) na edição de outubro do Regional Economic Outlook para o Hemisfério Ocidental.

Entre as razões citadas pelo Fundo, estão o fato de que os EUA são apenas o terceiro mercado das exportações brasileiras, com 12% de participação; a proporção de produtos da pauta exportadora brasileira atingida ficou em apenas 36% com as isenções e também o de que muitos dos produtos atingidos são commodities, que têm facilidade maior de redirecionamento para outros mercados.

O Fundo reforça a projeção de desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2,4% e avalia que a inflação em 12 meses deve atingir 4,9% no fim de 2025, acima do intervalo perseguido pelo BC.

“Como resultado, a manutenção do aperto monetário permanece apropriada. O estafe espera que a inflação convirja gradualmente para a meta de 3% no fim de 2027”, escreve o FMI.

Questionado na entrevista coletiva organizada para comentar o relatório sobre a melhora das projeções fiscais para o Brasil para os próximos anos ― em meio a derrotas do governo como a da MP 1303 ―, o diretor para o Hemisfério Ocidental do FMI, Rodrigo Valdés, explicou que os acontecimentos mais recentes de cada país costumam não ser incorporados nas projeções do fundo.

“Medidas que não foram aprovadas agora podem ter substitutos adiante e temos confiança de que o governo poderá ajustar gastos e receitas de forma que as metas fiscais possam ser atingidas”, acrescentou.

Na edição de outubro do Monitor Fiscal, divulgada esta semana, o FMI previu que a dívida bruta do Brasil vai atingir 91,4% este ano e alcançar 98,1% em cinco anos. São números melhores que o da projeção anterior, de abril, quando a expectativa para 2025 e 2030 era de, respectivamente 92% e 99,4%.

Valdés lembrou ainda que a economia brasileira surpreendeu positivamente nos últimos anos. “Foi a que mais revisões para cima precisamos fazer, inclusive de crescimento potencial”, comentou.

Para o FMI, o efeito do tarifaço americano sobre os produtos importados do Brasil não será tão impactante, já que os EUA são o 3º mercado das exportações brasileiras com somente 12% de participação — Foto: Pixabay

[Fonte Original]

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