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domingo, outubro 19, 2025

Bolívia tem 2º turno com candidatos prometendo reformas estilo Milei e “capitalismo para todos”

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Neste domingo (19), a Bolívia realiza o segundo turno da sua eleição presidencial com a esquerda fora do páreo.

No poder de forma quase ininterrupta desde 2006 (a única exceção foi o mandato interino de um ano de Jeanine Áñez, entre 2019 e 2020), o partido Movimento ao Socialismo (MAS) naufragou no primeiro turno, realizado em 17 de agosto, e os bolivianos agora escolherão entre dois nomes de direita.

Candidato mais votado no primeiro turno, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), foi vereador e prefeito no departamento de Tarija e deputado nacional antes se tornar senador, em 2020.

Seu adversário, Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão de direita Livre, foi presidente da Bolívia entre 2001 e 2002, substituindo Hugo Banzer, de quem foi vice e que renunciou devido a um diagnóstico de câncer de pulmão.

A Bolívia vive uma das maiores crises econômicas da sua história, com escassez de combustíveis e dólares e uma inflação anual de mais de 23%, o que explica a forte rejeição ao MAS nas urnas.

A crise é tão grande que, a poucos dias do segundo turno, a presidente do tribunal eleitoral de La Paz, Sonia Yujra, disse à agência France-Presse (AFP) que a falta de combustível estava comprometendo a distribuição das urnas eleitorais.

Depois de quase 20 anos de socialismo na Bolívia, Paz e Quiroga prometeram cortes de gastos, eliminação de subsídios e reformas pró-mercado.

O primeiro propôs um plano chamado “capitalismo para todos”, com a formalização de pequenas empresas e recuperação da confiança na economia para que os bolivianos tirem seus dólares que estão “debaixo do colchão”, como Javier Milei tenta fazer na Argentina.

Quiroga também elogiou as mudanças econômicas que o presidente argentino implementou, como a “enorme disciplina fiscal para restaurar a credibilidade” do país vizinho perante os organismos financeiros e investidores internacionais.

“Espero que [os argentinos] continuem avançando, porque é do interesse de todos nós ter uma Argentina equilibrada. Sofri e vivi o que aconteceu na Argentina em dezembro de 2001 [quando estourou a crise do Cacelorazo ou Argentinazo] e, quando era presidente, havia filas nos bancos sem razão alguma, porque [os bolivianos] estavam assistindo à televisão argentina. Uma Argentina estável, sólida e com inflação baixa nos ajuda muito hoje”, disse Quiroga, ao jornal argentino Clarín.

Em entrevista à agência Associated Press, o analista político Carlos Cordero disse que, além da crise econômica, outro problema que aguarda o vencedor do segundo turno será superar o autoritarismo que marcou a política boliviana durante os anos de MAS.

“Eles terão o desafio de redirecionar o Estado com novas políticas e uma ampla democracia, após 20 anos de viés autoritário que controlou todos os poderes”, disse Cordero.

[Fonte Original]

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