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quinta-feira, outubro 30, 2025

Ibovespa Fecha no Positivo com Bom Humor Externo

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A bolsa brasileira fechou em alta nesta quarta-feira (15), na esteira do bom humor nos mercados acionários externos com resultados fortes de bancos norte-americanos. No campo doméstico, o avanço dos papéis da Vale e de varejistas impulsionaram os ganhos do índice. O Ibovespa subiu 0,65%, a 142.603,66 pontos, após marcar 141.153,91 na mínima e 142.905,10 na máxima do dia.

O volume financeiro no pregão desta quarta-feira somava R$ 22,8 bilhões antes dos ajustes finais, em dia de vencimento do contrato futuro do Ibovespa e de opções sobre o índice. Após os ajustes, o volume saltou para R$ 45,6 bilhões.

O bom humor externo que se refletiu no mercado local se deu após a divulgação de resultados fortes do Bank of America e do Morgan Stanley, que superaram as estimativas de Wall Street. O movimento também foi impulsionado pelos ganhos sólidos de fabricantes de chips após a ASML divulgar resultado trimestral. Em Nova York, o índice S&P fechou em alta de 0,41%.

Segundo o especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, Leonardo Santana, o otimismo no mercado acionário também se dá pela expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, que “tem trazido bastante capital estrangeiro para o Brasil, favorecendo nossa bolsa”.

Na véspera, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, deixou em aberto a possibilidade de cortes na taxa de juros ao afirmar que o mercado de trabalho dos EUA permanece em uma situação de baixo nível de contratações e poucas demissões.

Ao mesmo tempo, nesta quarta-feira (15), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que planeja apresentar três ou quatro candidatos para liderar o Federal Reserve ao presidente Donald Trump para que ele os entreviste depois do Dia de Ação de Graças. O comentário foi feito em um evento da CNBC realizado paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington.

Perguntado se um dos critérios para suceder o chair do Fed é o desejo de reduzir a taxa de juros, Bessent disse: “Um dos critérios é ter uma mente aberta.”

No campo doméstico, dados mostrando que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes, deram gás para os papéis de empresas varejistas.

Câmbio

O dólar fechou a quarta-feira (15) em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior. Na sessão, os investidores se mantiveram cautelosos em relação aos atritos comerciais entre EUA e China, mas demonstraram apetite por ativos de maior risco, como ações. A moeda americana fechou com leve baixa de 0,16%, aos R$ 5,4622.

No ano, a divisa acumula queda de 11,60%. Às 17h19, na B3 o dólar para novembro, atualmente o mais líquido no Brasil, cedia 0,31%, aos R$ 5,4805.

A moeda norte-americana engatou perdas ante o real logo no início do dia, acompanhando a tendência de baixa vinda do exterior, onde comentários “dovish” (brandos) do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, feitos na véspera, continuaram reverberando nos negócios. Na visão do mercado, Powell reforçou perspectiva de corte de juros pelo Fed nos próximos meses, o que pesa sobre as cotações do dólar.

A moeda norte-americana também era penalizada pelo embate entre EUA e China, ainda que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, tenha afirmado nesta quarta-feira que o país não quer intensificar o conflito comercial com os chineses.

Assim, o dólar cedia ante alguns de seus pares fortes, como o iene, o euro e a libra, e também sustentava perdas ante pares do real, como a rupia indiana, o rand sul-africano e o peso mexicano. No Brasil, este cenário se traduziu em um dólar na cotação mínima intradia de R$ 5,4316 (-0,72%) às 11h59.

“O dólar recuou nesta quarta-feira acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana e a recuperação dos preços do petróleo, em um ambiente de maior apetite por risco”, disse à tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. Segundo ele, o real se beneficiou do movimento externo “ainda amparado pelo alto diferencial de juros, com a Selic mantida em 15%, o que continua favorecendo o carry trade”.

Em operações de carry trade, investidores tomam empréstimos no exterior, onde os juros são menores, e aplicam no Brasil, onde o retorno é maior. No restante da tarde, a moeda norte-americana voltou a ganhar força ante o real, se afastando das mínimas, mas ainda assim terminou o dia em queda.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 40 mil contratos de swap cambial em operação para rolagem do vencimento de 3 de novembro. À tarde, o BC informou que o Brasil acumulou fluxo de cambial total positivo de US$ 501 milhões (R$ 2,7 bilhões) em outubro até o dia 10. Às 17h18, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,35%, a 98,714.



[Fonte Original]

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