Acessibilidade
O Ibovespa fechou com uma alta modesta nesta sexta-feira (24), marcada pela divulgação de dados de inflação abaixo das previsões no Brasil e nos Estados Unidos, mas fraqueza de blue chips, principalmente Petrobras.
O indicador subiu 0,31%, a 146.172,21 pontos, após marcar 147.239,76 na máxima e 145.720,98 na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$14,56 bilhões. Com tal resultado, o Ibovespa acumulou um ganho de 1,93% na semana, praticamente zerando as perdas no mês, com outubro agora mostrando uma variação negativa de apenas 0,04%.
Na cena brasileira, o IBGE mostrou que o IPCA-15 aumentou 0,18% em outubro, após alta de 0,48% em setembro, ficando também abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,25%. Em 12 meses, a taxa ficou em 4,94%, contra previsão de 5,01%. “Em momentos de mudança de ciclo econômico a tendência é de que tenhamos dados ruins, seguidos de dados bons”, observou o economista Luís Otavio Leal, da G5 Partners.
“Enquanto em setembro o IPCA-15 veio menor do que o esperado, mas a sua estrutura veio ruim, agora em outubro vemos também um resultado abaixo do projetado, mas, desta vez, com uma estrutura também muito auspiciosa”, afirmou. “Juntando esse resultado à recente redução nos preços da gasolina, mudamos a nossa projeção para o IPCA do ano de 4,80% para 4,60%, mas mantemos a nossa expectativa de que os juros só comecem a ser reduzidos na reunião de janeiro de 2026”
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,3% em setembro, menor do que o acréscimo de 0,4% em agosto e abaixo da previsão de aumento de 0,4%, segundo divulgou o Departamento do Trabalho.
Para a equipe do C6 Bank, a persistência da inflação acima da meta e o risco de uma pressão maior sobre os preços à frente em razão das tarifas comerciais deveriam manter o Federal Reserve cauteloso sobre os próximos passos de política monetária.
“No entanto, reconhecemos que um corte de juros na reunião da próxima semana é o cenário mais provável, diante de falas recentes de membros do Fed demonstrando maior preocupação com uma possível deterioração no mercado de trabalho do que com a inflação”, afirmaram em relatório a clientes.
Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta 0,79%, renovando máxima histórica, com balanços corporativos também ocupando as atenções, entre eles o resultado da Intel.
Câmbio
O dólar fechou a sexta-feira (24) perto da estabilidade ante o real, pouco abaixo dos R$ 5,40, com as cotações cedendo pela manhã após divulgação de um índice de preços mais baixo que o esperado nos Estados Unidos, mas se recuperando depois em sintonia com o exterior.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,14%, aos R$ 5,3930. Na semana, a divisa acumulou queda de 0,25% e, no ano, recuo de 12,72%. Às 17h22, na B3 o dólar para novembro subia 0,13%, aos R$5,4005.
Pela manhã o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o CPI avançou 0,3% no mês passado, depois de ter subido 0,4% em agosto. Nos 12 meses até setembro, o índice teve alta 3,0%, após avançar 2,9% em agosto. Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,4% no mês e de 3,1% em relação ao ano anterior.