O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, declarou sua intenção de ajudar a Venezuela. Segundo o ativista, os movimentos sociais da América Latina devem se organizar e mandar brigadas para o país, em apoio ao regime de Nicolas Maduro, ameaçado de invasão americana. Para lutar ao lado deles? Não. Para “plantar feijão” e “cozinhar”.
Em entrevista ao programa Conexão BDF, do portal com orientação de esquerda “Brasil de Fato”, o dirigente afirmou que o presidente Lula deveria ter uma atitude mais dura contra Donald Trump, que ele definiu como “um misto de maluco com fascista”. O dirigente disse ainda que os EUA terão uma “derrota histórica, como no Afeganistão e no Vietnã” se decidirem pela invasão por terra do país.
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Mas é falando sobre o tipo de apoio que o MST pode oferecer à Venezuela que o depoimento do dirigente do MST se destacou mais. Sobre a possibilidade de entrar em uma guerra ao lado dos venezuelanos, ele foi enfático sobre a falta de preparo do movimento.
“Se vamos entrar em combate: claro que não! Não temos formação militar para isso e nem devemos. O povo venezuelano sabe se defender, mas nós, com os militantes, podemos fazer mil e uma coisas, desde plantar feijão e fazer comida para os soldados a estar ao lado do povo se houver uma invasão militar dos EUA”, declarou.
Stédile afirmou ainda que Maduro “nunca teve tanto apoio popular”, e que as forças civis venezuelanas estão preparadas para resistir a Trump. Os treinamentos, de acordo com ele, são realizados pontualmente “todos os sábados e domingos”, para não comprometer a rotina de trabalho dos dias de semana na Venezuela.