22.5 C
Brasília
quinta-feira, outubro 30, 2025

Mark Zuckerberg Perde US$ 25 Bilhões em um Dia e Cai na Lista de Mais Ricos do Mundo

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img


ZUFFA LLC VIA GETTY IMAGES

Os lucros ficaram abaixo das expectativas de Wall Street, embora a Meta tenha afirmado que teria superado as projeções se não fosse pela cobrança de impostos

Acessibilidade








Cerca de US$ 25 bilhões (R$ 134,5 bilhões) evaporaram do patrimônio líquido de Mark Zuckerberg após as ações da Meta caírem mais de 10% nesta quinta-feira (30). O movimento configura o que deve ser a maior perda diária da empresa neste ano. A baixa ocorreu depois que uma cobrança de imposto reduziu o lucro trimestral da Meta para níveis muito abaixo das previsões de Wall Street.

As ações da companhia recuaram 12,3%, chegando a cerca de US$ 658,50 (R$ 3.543,63) após a abertura do pregão nesta quinta-feira — a maior queda intradiária desde a desvalorização de 24,5% registrada em outubro de 2022. Na quarta-feira, a Meta divulgou um lucro por ação de US$ 1,05 (R$ 5,65) no terceiro trimestre, valor 84% inferior às projeções de US$ 6,72 (R$ 36,14) dos economistas, segundo a FactSet, apesar de uma receita de US$ 51,2 bilhões (R$ 275,45 bilhões), acima das estimativas de US$ 49,5 bilhões (R$ 266,31 bilhões).

Agora, Zuckerberg ocupa o quinto lugar entre as pessoas mais ricas do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 232,6 bilhões (R$ 1,25 trilhão). Antes da queda das ações da Meta, ele estava em terceiro lugar, atrás apenas de Larry Ellison, da Oracle (US$ 314,7 bilhões, ou R$ 1,69 trilhão), e de Elon Musk (US$ 490,8 bilhões, ou R$ 2,64 trilhões). Nesse cenário, Jeff Bezos (US$ 238,3 bilhões, ou R$ 1,28 trilhão) e Larry Page, do Google (US$ 236,3 bilhões, ou R$ 1,27 trilhão), estão à frente dele.

A queda de 83% no lucro por ação em relação ao ano anterior (US$ 6,03, ou R$ 33,09) foi marcada por uma cobrança tributária única de US$ 15,9 bilhões (R$ 85,84 bilhões) devido ao One Big Beautiful Bill Act, aprovado durante o governo de Donald Trump. A Meta informou que espera uma “redução significativa” nos pagamentos de impostos federais em dinheiro nos Estados Unidos pelo restante de 2025 e nos próximos anos.

Sem essa cobrança tributária, a Meta afirmou que o lucro por ação teria sido de US$ 7,25 (R$ 39,01).

Apesar da baixa, os ativos da Meta acumulam alta de 10% neste ano. A empresa investiu bilhões de dólares nos últimos anos para atender à crescente demanda por inteligência artificial. Em 2025, a Meta aplicou US$ 14,3 bilhões (R$ 76,63 bilhões) na startup de IA Scale AI e contratou seu CEO, Alexandr Wang, para liderar a iniciativa interna de IA, Superintelligence Labs.

A companhia também firmou diversos acordos de computação em nuvem nas últimas semanas para expandir sua infraestrutura de IA, incluindo um contrato de seis anos avaliado em US$ 10 bilhões (R$ 53,8 bilhões) com o Google, assinado em agosto.

Resultados trimestrais

A empresa aumentou sua projeção de despesas de capital de uma faixa entre US$ 66 bilhões e US$ 72 bilhões (R$ 355,08 bilhões a R$ 387,36 bilhões) para US$ 70 bilhões a US$ 72 bilhões (R$ 376,6 bilhões a R$ 387,36 bilhões).

O CEO Mark Zuckerberg afirmou que a companhia está se preparando de forma “agressiva” para a chegada da superinteligência, o que, segundo ele, colocará a Meta “em uma posição ideal para uma mudança de paradigma geracional em diversas grandes oportunidades”.

A divisão Reality Labs da Meta — responsável pelo desenvolvimento dos óculos de realidade virtual e dos óculos inteligentes com IA em parceria com as marcas Ray-Ban e Oakley — registrou um prejuízo operacional de US$ 4,4 bilhões (R$ 23,67 bilhões). Isso aconteceu após gerar US$ 470 milhões (R$ 2,52 bilhões) em vendas, superando levemente as expectativas de Wall Street, que previa uma perda de US$ 5,1 bilhões (R$ 27,44 bilhões) sobre uma receita de US$ 316 milhões (R$ 1,7 bilhão).

Já as ações da Microsoft caíram 2,2%, chegando a US$ 529,40 (R$ 2.850,29), mesmo depois de divulgar resultados trimestrais acima do esperado na quarta-feira. A companhia registrou um lucro por ação de US$ 4,13 (R$ 22,21) e uma receita total de US$ 77,6 bilhões (R$ 417,49 bilhões), superando as previsões de US$ 3,67 (R$ 19,74) e US$ 75,4 bilhões (R$ 405,05 bilhões), conforme a FactSet.

A Microsoft também reportou um aumento de 28% na receita de nuvem, totalizando US$ 30,9 bilhões (R$ 161,24 bilhões) em relação ao ano anterior. A queda nas ações parece estar ligada a uma perda de US$ 3,1 bilhões (R$ 16,68 bilhões) no lucro líquido do trimestre, em razão do investimento da empresa na OpenAI, o que representou um prejuízo de US$ 0,41 (R$ 2,21) por ação.

Por outro lado, a Alphabet, ao contrário de suas companheiras do grupo “Magnificent Seven”, subiu 2,7% após divulgar seu relatório de lucros na quarta-feira. O relatório trimestral destacou que as receitas da Alphabet ultrapassaram a marca de US$ 100 bilhões (R$ 538 bilhões) pela primeira vez, chegando a US$ 102,3 bilhões (R$ 550,37 bilhões), acima das estimativas de US$ 99,9 bilhões (R$ 537,46 bilhões).

Apple e Amazon divulgarão seus resultados após o fechamento do mercado nesta quinta-feira. A Nvidia será a última das “Magnificent Seven” a divulgar seus resultados, com o relatório trimestral previsto para 19 de novembro.



[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img