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terça-feira, outubro 7, 2025

Professor da USP é preso nos EUA por disparos de chumbinho perto de sinagoga

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Um professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP) foi detido por policiais nos EUA após disparar tiros de chumbinho perto de uma sinagoga em Boston, no estado de Massachusetts, na véspera do feriado de Yon Kippur, um dos mais sagrados para os judeus.

Carlos Portugal Gouvêa, de 43 anos, estava no país como professor visitante de Harvard, onde obteve um doutorado em 2008. Ele foi colocado em licença administrativa para apuração do caso, que ocorreu na última quarta-feira (1º), informou o porta-voz da instituição, Jeff Neal, ao New York Post.

Um jornal local, Brookline News, conversou com autoridades policiais após o incidente, que disseram que Gouvêa disparou dois tiros perto do Templo Zion, na Beacon Street. O professor teria justificado a ação dizendo que estava “caçando ratos”.

Dois seguranças do templo judaico teriam confrontado o professor, que supostamente largou a arma antes de uma “breve luta corporal” com os dois na tentativa de detê-lo, informou o Brookline News.

Gouvêa teria corrido para sua casa em um local próximo, onde foi algemado e preso pela polícia. Houve uma mobilização com mais de 12 policiais no local, relatou o jornal americano.

Gouvêa foi acusado no Tribunal Distrital de Brookline por “disparo ilegal de arma de chumbinho, conduta desordeira, perturbação da paz, dano malicioso à propriedade privada”, segundo registros da corte acessados pelo New York Post. Ele se declarou inocente das acusações, foi liberado sob fiança, mas deve retornar ao tribunal em novembro.

A polícia não encontrou evidências de que Gouvêa tinha como alvo a sinagoga.

USP sai em defesa do professor

Em nota publicada nesta segunda-feira (6), a Faculdade de Direito da USP repudiou as “insinuações maldosas e distorcidas” contra o professor. O comunicado afirma que o episódio “ganhou dimensões desproporcionais” e destaca que a própria sinagoga vizinha “divulgou nota pública afastando, por completo, ter se tratado de ocorrência antissemita”.

A direção da faculdade ressaltou ainda que Gouvêa “tem afinidades, inclusive laços familiares, com a comunidade judaica”, e lembrou sua trajetória de “defesa dos direitos humanos, competência técnica e elevado profissionalismo”.

Em comunicado oficial, a sinagoga Temple Beth Zion (TBZ) afirmou que “não há razão para acreditar” que o incidente envolvendo o professor “tenha sido um ato antissemita” e que “os protocolos de segurança [da sinagoga] funcionaram bem e ninguém ficou ferido”. A instituição explicou que o homem – identificado como o professor Carlos Gouvêa – “não sabia que morava ao lado de uma sinagoga nem que era um feriado religioso” e disse à polícia que “estava atirando em ratos”.

[Fonte Original]

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