Crédito, Getty Images
- Author, Jake Lapham
- Role, BBC News
 
A promotoria de Paris informou que um dos homens foi detido enquanto se preparava para embarcar em um voo do Aeroporto Charles de Gaulle.
O ministro da Justiça francês admitiu que os protocolos de segurança “falharam” e deixaram o país com uma “imagem terrível”.

Crédito, Getty Images
O Ministério Público de Paris informou em comunicado que as prisões foram efetuadas na noite de sábado (25/10), sem especificar quantas pessoas foram detidas.
Um dos suspeitos se preparava para viajar para a Argélia, segundo fontes policiais ouvidas pela imprensa francesa, enquanto o outro, de acordo com as informações, seguia para o Mali.
A polícia especializada poderá interrogá-los por até 96 horas.
A promotoria criticou a “divulgação prematura” de informações relacionadas ao caso, acrescentando que isso dificultou os esforços para recuperar as joias e encontrar os ladrões.
A quadrilha teria chegado ao local do crime pela manhã, logo após a abertura do museu para visitação.
Os suspeitos usaram um elevador mecânico com escada montado em um veículo para acessar a Galeria de Apolo por uma varanda próxima ao Rio Sena.
Imagens do local revelaram a escada usada para alcançar uma janela do primeiro andar.
Dois dos ladrões entraram ao cortar as grandes da janela com ferramentas elétricas.
Eles então ameaçaram os guardas, que fugiram do local. Depois, os criminosos cortaram o vidro de duas vitrines que guardavam as joias.

Um relatório preliminar revelou que uma em cada três salas na área do museu invadida não tinha câmeras de segurança, segundo a mídia francesa.
A polícia francesa afirma que os ladrões permaneceram lá dentro por quatro minutos e escaparam em duas motocicletas que esperavam do lado de fora às 9h38, no horário local.
O diretor do museu disse aos senadores franceses esta semana que a única câmera que monitorava a parede externa do Louvre onde a invasão aconteceu, estava apontada para longe da varanda do primeiro andar que levava à Galeria de Apolo.
As câmeras de segurança ao redor do perímetro também eram fracas e “antigas”, disse Laurence des Cars, o que significa que a equipe não conseguiu identificar a quadrilha a tempo de impedir o roubo.
Especialistas também disseram que, mesmo que os ladrões sejam pegos, as joias podem já ter sido quebradas em centenas de pedaços.
Ouro e prata podem ser derretidos e as pedras preciosas cortadas em pedaços menores, o que torna praticamente impossível rastrear o roubo, afirmou à BBC detetive holandês Arthur Brand, especialista em arte.
Desde então, as medidas de segurança em torno das instituições culturais francesas foram reforçadas.
O Louvre transferiu algumas de suas joias mais preciosas para o Banco da França após o assalto.
Elas agora serão armazenadas no cofre mais seguro do banco, 26 metros abaixo da superfíie de sua elegante sede no centro de Paris.


 
