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sexta-feira, outubro 17, 2025

Crise do metanol: professor da USP defende ‘Petrobras das bebidas alcoólicas’ para garantir qualidade – BBC News Brasil

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Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para Henrique Carneiro, da USP, monopólio estatal sobre distribuição de bebidas alcoólicas no atacado geraria recursos ao Orçamento público, além de maior controle sobre qualidade e distribuição

    • Author, Thais Carrança
    • Role, Da BBC News Brasil em São Paulo

A atual crise de intoxicações por metanol no Brasil tem origem num modelo de regulação “hiper liberal”, fruto de uma economia que durante séculos foi baseada na produção de derivados de cana-de-açúcar, como o açúcar e a aguardente, considera o historiador Henrique Carneiro, professor de História Moderna da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Estudos Históricos das Drogas e da Alimentação (Lehda).

“Nós tivemos aqui uma economia e uma cultura, em relação ao álcool, muito leniente, vinculada ao conceito que Gilberto Freyre chama de ‘sacarocracia’. Por isso, aqui nunca houve nenhum tipo de restrição”, observa Carneiro, que também é membro da associação internacional de historiadores Alcohol and Drugs History Society (ADHS).

Como alternativa, o historiador defende a adoção no Brasil de um modelo mais próximo ao de países como Canadá, Suécia e do Uruguai até anos atrás, em que o Estado detém o monopólio da distribuição de bebidas alcoólicas no atacado.

Seria uma espécie de “Petrobras do álcool”, diz o pesquisador.



[Fonte Original]

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