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domingo, outubro 26, 2025

Como minerar Bitcoin em casa

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Minerar Bitcoin em casa atualmente requer muita paciência devido à grande concorrência global e o domínio do setor por gigantes empresas de mineração.

Mas que é mineração de Bitcoin? É uma atividade que adiciona e verifica blocos de transações na blockchain por meio do mecanismo de prova de trabalho, no qual mineradores usam hardware potente e energia elétrica para resolver quebra-cabeças criptográficos e receber novas moedas como recompensa.

A rentabilidade depende do custo da energia e da dificuldade da rede, que cresce com o número de mineradores, tornando o processo mais caro e, em muitos países, como o Brasil, pouco viável. Contudo, é essa atividade que protege a rede do Bitcoin e consequentemente seu ecossistema, e incentiva a participação da comunidade.

Mas o quão competidor e desafiador é minerar Bitcoin? Minerar um bloco sozinho com o mínimo de equipamento é improvável, mas não impossível. Isso porque ao longo dos tempos várias pessoas conseguiram o feito, ainda que competindo com milhares de mineradores poderosos.

Para se ter uma ideia, grandes mineradoras, como a Antpool, por exemplo, possuem milhares de Asics trabalhando ao mesmo tempo, geram 196 EH/s (exahashes) de poder de mineração, também conhecido como “hashrate”. Um Nerdminer, por exemplo, que é equipamento bem acessível, tem o poder de apenas 70 KH/s. Para entender essa diferença descomunal, 1 EH/s = 1.000.000.000.000 KH/s (um trilhão de KH/s).

No entanto, em se tratando do custo de energia elétrica no Brasil, a atividade é quase inviável, ao contrário de Paraguai e Cazaquistão, por exemplo, onde a atividade gera lucros no final das contas pela eletricidade mais barata. Porém, se for por hobby e tentativa, a sorte está valendo.

Para começo de conversa, qualquer pessoa que saiba operar um computador, notebook ou celular é capaz de aprender essa atividade que já foi muito lucrativa no passado. Essa é a parte boa. A ruim é que atualmente minerar passou a ser uma atividade que requer paciência e muita sorte — muita mesmo.

Mineração solo com computador

A forma mais tradicional de minerar com um PC é rodar o Bitcoin Core, ou seja, baixar no computador o software oficial da rede. Após a instalação e sincronização da blockchain é preciso configurar um minerador compatível – muitos sites especializados indicam NiceHash, CGMiner e BFGMiner – e conectar-se à rede para tentar encontrar blocos sozinho.

Leia também: Como um brasileiro desempregado se salvou com a mineração caseira de criptomoedas

A desvantagem é que, com a atual dificuldade da rede, um computador doméstico pode levar anos até encontrar um bloco — isso se encontrar. Por isso, essa forma é mais educativa do que rentável.

Este vídeo do especialista em mineração Denny Torres pode te ajudar.

A outra opção é acoplar em seu sistema um equipamento próprio para mineração, construindo assim uma mini rig. as mineradoras mais famosas são Antminer; WhatsMiner; AvalonMiner.

Mineração em pool – compartilhando hashrate

Em vez de tentar minerar sozinho, é possível juntar-se a um pool de mineração – um grupo de mineradores que compartilha poder computacional e dividem as recompensas. Neste formato, não é necessário baixar o Bitcoin Core, basta usar um software de mineração.

Plataformas conhecidas incluem Antpool, F2Pool e ViaBTC. Em resumo, um pool de mineração é uma espécie de cooperativa na qual o poder de mineração de cada nó é somado, fazendo com que os pagamentos sejam mais frequentes.

Nesse modelo, é possível usar equipamentos menos potentes e receber pequenas recompensas proporcionais à sua contribuição. É o meio mais realista para quem quer ver resultados – mas não se iluda, os ganhos geralmente costumam ser bem modestos.

Participar de um pool de mineração aumenta significativamente a chance de receber pagamentos regulares. Os mineradores compartilham recompensas proporcionais ao poder computacional contribuído.

A desvantagem, contudo, é que você precisará confiar em uma organização centralizada. Os administradores da pool podem modificar as ações e as formas de recompensa.

Pesquise por uma empresa grande e idônea, acesse a plataforma e o serviço escolhido, faça o download do programa (minerador) e escolha Bitcoin para minerar. Não se esqueça de inserir o endereço de carteira onde você deseja receber os seus satoshis.

Compra de poder de mineração

Outra opção é comprar hashrate em plataformas de “cloud mining”, que alugam parte de seus servidores. O usuário paga uma taxa e recebe o equivalente à mineração de determinado poder computacional.

Contudo, esse modelo é o mais arriscado, já que o setor é repleto de golpes e promessas falsas de lucro fácil. Por isso nunca envie dinheiro sem pesquisar a reputação da empresa e, se possível, verifique se ela publica provas de mineração real.

Antes de investir tempo ou dinheiro, vale considerar:

  • O custo da energia no Brasil geralmente inviabiliza qualquer lucro;
  • Equipamentos ASIC são caros, ruidosos e geram muito calor;
  • Muitos projetos que prometem “mineração pelo celular” são fraudes ou não geram satoshis;
  • Mesmo assim, minerar pode ser uma ótima forma de entender como o Bitcoin funciona na prática.

É importante destacar que ter uma conexão de internet estável é fundamental. Embora a mineração não demande muita velocidade de rede, a disponibilidade contínua é indispensável para não perder participações na mineração. Conexões via cabos costumam ser mais confiáveis do que o Wi-Fi.

Outro ponto crucial é saber se o serviço de mineração estipula um valor mínimo para saque, o que pode tornar uma parceria desleal. Por exemplo: se você consegue 1 satoshi por dia e o valor mínimo para retirada é de 0,000001000 (1000 satoshis), você levará quase três anos para sacar.

Rentabilidade com mineração de Bitcoin

Acerca da rentabilidade com mineração, ela vai depender:

  • Custo de energia: como os equipamentos de mineração consomem muita eletricidade, tarifas mais baratas reduzem as despesas operacionais e elevam o lucro potencial.
  • Eficiência do hardware: máquinas mais modernas realizam mais cálculos com o mesmo consumo elétrico, oferecendo maior poder de mineração por watt gasto e, consequentemente, melhores retornos.
  • Preço do Bitcoin: quando o valor do BTC sobe, as recompensas obtidas também se valorizam, aumentando a rentabilidade da mineração — e o oposto ocorre em períodos de queda.

Em resumo, minerar Bitcoin em casa é mais um exercício de curiosidade e aprendizado do que uma fonte de renda. Mas para quem gosta de tecnologia e quer participar ativamente da rede, mesmo que com chances mínimas de recompensa, a experiência pode valer cada satoshi.

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[Fonte Original]

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