O “Uptober”, termo usado no mercado de criptomoedas para descrever o desempenho historicamente positivo do Bitcoin em outubro, parece não estar se repetindo este ano e pode marcar o pior “Uptober” desde 2015. Em quase 17 anos de existência, a maior criptomoeda do mercado só fechou outubro em baixa duas vezes — em 2014 e 2018.
O Bitcoin acumula queda de cerca de 5% no mês, sendo negociado a US$ 111 mil nesta segunda (20).
Historicamente, segundo dados da CoinGlass citados pelo CoinDesk, outubro registra uma valorização média de 19,8%, ficando atrás apenas de novembro, que costuma ser o mês mais forte para o ativo, com ganho médio de 42%.
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A fraqueza recente é atribuída a fatores macroeconômicos que têm ofuscado a tendência sazonal. O impasse tarifário entre EUA e China, a liquidez reduzida e uma onda de liquidações alavancadas limitaram o potencial de alta.
Na semana passada, a queda do Bitcoin abaixo de US$ 107 mil gerou US$ 1,2 bilhão em liquidações, eliminando posições compradas formadas após a recuperação de setembro.
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Outras grandes criptomoedas, como Ethereum, Solana e BNB, acumulam perdas de entre 7% e 15% nos últimos sete dias, enquanto tokens menores, como Dogecoin e Cardano também caem nessa média após passarem por quedas de 20%.
Apesar do desempenho negativo, ainda há espaço para reviravoltas. Em 2020, o Bitcoin começou o mês em queda, mas reverteu o movimento com uma alta de 27% até o fim de outubro — um rally que abriu caminho para os recordes históricos do ano seguinte.
Traders de Bitcoin atentos
Com duas semanas restantes no mês, os traders continuam atentos à possibilidade de um novo fôlego de alta, já que o BTC dá sinais de estabilização à medida que pressões macroeconômicas começam a diminuir, com especialistas sugerindo que a principal criptomoeda pode estar se aproximando de um fundo.
“Acho que o Bitcoin está formando um fundo aqui”, disse recentemente o chefe de pesquisa da Presto Research, Peter Chung. “Espero que o próximo movimento seja mais provável de alta do que de queda”.
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