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quarta-feira, outubro 15, 2025

Exclusivo: ‘A CME vê o Brasil como uma região estratégica para a expansão de seus produtos de criptomoedas’

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Resumo da notícia

  • CME aponta o Brasil como líder latino-americano em volume de futuros cripto, com alta de 78%.

  • Giovanni Vicioso destaca o avanço regulatório e a maturidade do mercado brasileiro.

  • CME investe em tokenização e parceria com Google Cloud para modernizar o sistema financeiro.

A CME Group, maior bolsa de derivativos do mundo, enxerga o Brasil e a América Latina como peças centrais na expansão global de seus produtos de criptomoedas. A avaliação é de Giovanni Vicioso, chefe global de produtos de criptomoedas da companhia, que concedeu uma entrevista ao Cointelegraph.

Segundo ele, o interesse de investidores profissionais e institucionais reforça a posição do país como um mercado estratégico para o setor.

De acordo com dados da própria empresa, o volume médio diário (ADV) de negociações vindas da América Latina aumentou 76% em 2025, em comparação com o ano anterior. Além disso, o volume negociado durante o horário regular de mercado saltou para 77%, contra uma média de 62% registrada nos últimos cinco anos. Para a CME, esse movimento confirma que o investidor latino-americano está mais ativo e sofisticado, buscando instrumentos regulados de exposição ao mercado cripto.

Vicioso ressalta que, no Brasil, a participação é ainda mais notável. O país se tornou o líder em volume de futuros de criptomoedas na região, com um crescimento superior a 78% ano a ano.

“O Brasil está no centro do nosso radar. O interesse e a maturidade do mercado local são impressionantes e mostram o potencial que a região tem para crescer ainda mais”, afirmou o executivo.

Além do avanço no volume de negociações, há uma mudança clara no perfil dos investidores. As opções cripto, por exemplo, representam 27% do volume total da CME em 2025, com destaque para Micro Ether (45%), Micro Bitcoin (27%), Bitcoin (19%) e Ether (9%). Esse crescimento demonstra que investidores brasileiros e latino-americanos estão diversificando suas estratégias, utilizando derivativos não apenas para especulação, mas também como ferramentas de proteção contra a volatilidade.

Embora a CME ainda não tenha planos imediatos de lançar produtos locais, como BDRs de cripto, semelhantes aos da BlackRock, a empresa reforça que mantém diálogo constante com parceiros e reguladores para facilitar o acesso dos investidores brasileiros ao seu portfólio global.

Segundo Vicioso, o foco atual está em educar o mercado e consolidar a confiança dos participantes, oferecendo produtos seguros, regulamentados e transparentes.

Presença da CME no mercado cripto

O sucesso da CME na América Latina faz parte de uma trajetória iniciada há quase uma década. A empresa foi uma das primeiras grandes bolsas globais a abraçar o Bitcoin, ainda em 2017, quando o mercado tradicional tratava as criptomoedas com desconfiança. Desde então, a CME se consolidou como referência mundial em derivativos digitais, com produtos baseados em Bitcoin, Ether, Solana e XRP.

Segundo Vicioso, a experiência adquirida ao longo dos anos permitiu que a CME entendesse como equilibrar inovação e segurança regulatória.

“Criamos produtos com base em liquidez, transparência e confiança. Nosso papel é garantir que investidores institucionais possam operar no mercado cripto com os mesmos padrões de proteção que já existem nos mercados tradicionais”, destacou.

Os números confirmam essa expansão. Apenas em 2025, a CME registrou recordes de volume e interesse aberto em vários contratos. O futuro de Ether, por exemplo, atingiu 297,6 mil contratos negociados em agosto, totalizando US$ 6 bilhões em valor nocional — um crescimento de 80% em relação a julho. No mês seguinte, o interesse aberto médio diário (ADOI) também bateu recorde, com 203 mil contratos e US$ 8 bilhões negociados.

De acordo com Vicioso, o avanço de leis como a GENIUS Act, nos Estados Unidos, tem sido essencial para consolidar o setor e inspirar outros países, como o Brasil, a criarem marcos regulatórios modernos e estáveis.

CME, Google e tokens RWA

Além disso, a CME aposta na tokenização de ativos reais (RWA) e nas stablecoins como pilares da próxima fase de crescimento. Em parceria com o Google Cloud, a companhia vem testando soluções de tokenização e pagamentos institucionais usando o Google Cloud Universal Ledger (GCUL). O projeto visa tornar mais eficientes os processos de liquidação, colateral e compensação dentro do ecossistema regulado da empresa.

Vicioso acredita que essa transição representa o futuro dos mercados.

“A integração entre o tradicional e o digital é inevitável. O blockchain está redefinindo a infraestrutura financeira global, e o Brasil tem todas as condições para ser protagonista nesse movimento”, disse.

Para o executivo, o desafio agora é criar pontes entre as finanças tradicionais (TradFi) e o universo dos ativos digitais, garantindo liquidez, transparência e padronização. Ele também destacou que a adoção institucional cresce de forma acelerada, impulsionada por ETFs, produtos de rendimento e derivativos regulados que seguem a mesma lógica dos mercados tradicionais, mas com as vantagens da tecnologia blockchain.

“A CME acredita no papel das criptomoedas como uma nova classe de ativos global. Nosso compromisso é continuar expandindo com responsabilidade, em parceria com os reguladores e com os investidores”, concluiu Vicioso.

Confira a entrevista completa abaixo

Brasil

Cointelegraph Brasil (CTBR): Como a CME enxerga o mercado cripto no Brasil? A bolsa pretende expandir suas operações de cripto no país, como fez a BlackRock com o lançamento de BDRs?

Giovanni Vicioso (GV): A CME vê a América Latina, especialmente o Brasil, como uma região estratégica para a expansão de seus produtos de derivativos de criptomoedas. Segundo a empresa, o entusiasmo dos investidores latino-americanos e o aumento da demanda por instrumentos regulados de negociação cripto transformaram o continente em um dos principais focos de crescimento.

O volume médio diário (ADV) de operações provenientes da América Latina continua crescendo ano após ano. Em 2025, o ADV aumentou 76% em relação a 2024, o que demonstra o fortalecimento da participação regional nos mercados globais.

A maior parte das negociações ocorre durante o horário regular de mercado, e esse índice atingiu 77% neste ano, contra uma média de 62% nos últimos cinco anos. Além disso, as opções estão se tornando cada vez mais populares, representando 27% do volume total negociado em 2025.

Entre os produtos mais utilizados estão as opções de Micro Ether (45%), Micro Bitcoin (27%), Bitcoin (19%) e Ether (9%). No segmento de futuros, o Brasil se destaca como o país líder em volume de participação, registrando um crescimento superior a 78% na comparação anual.

Esses números reforçam o potencial da região, especialmente em um momento em que instituições e investidores profissionais buscam exposição regulada a ativos digitais. Embora a CME ainda não tenha planos imediatos para lançar produtos locais, como BDRs de cripto, a empresa mantém interesse em fortalecer parcerias e ampliar o acesso de investidores brasileiros às suas soluções globais.

Novos produtos cripto na CME

CTBR: A CME anunciou o lançamento de opções de Solana e XRP para outubro. Por que a bolsa escolheu especificamente essas criptomoedas, e há planos para expandir com novos produtos cripto?

GV: O CME Group atua no mercado de criptomoedas desde que lançou sua Taxa de Referência do Bitcoin em 2016 e, em seguida, os primeiros contratos futuros de Bitcoin em 2017.

Desde então, ampliamos nossa oferta para incluir futuros de Ether, Solana e XRP.

Quando se trata de introduzir derivativos sobre novos tokens, há vários fatores envolvidos. O mais importante é que deve haver demanda clara e suficiente dos clientes. Não lançamos um novo produto no mercado se ele não ajudar nossos clientes a resolver um problema real de gestão de risco. Também é necessário que o mercado esteja suficientemente maduro. E, no caso de um novo produto de opções, esperamos até que haja liquidez adequada no mercado futuro.

Seguindo esses critérios, lançamos os futuros de Solana e XRP em março e maio, respectivamente. A adição desses tokens à nossa gama de derivativos regulamentados atendeu à demanda por um conjunto mais amplo de produtos para gerenciar o risco de preço. Ambos os contratos futuros estão disponíveis em dois tamanhos diferentes — um maior e outro micro:

Desde seus respectivos lançamentos, nossa linha de futuros de Solana e XRP se tornou uma das de adoção mais rápida na empresa. Os destaques de negociação incluem:

  • Mais de 820.000 contratos futuros de Solana — incluindo Micro SOL (25 SOL) e SOL (500 SOL) — US$ 37,8 bilhões em valor nocional, negociados desde o lançamento em 17 de março.

  • Recorde mensal de volume médio diário (ADV) de 9.000 contratos (US$ 828,6 milhões em valor nocional) e abertura média diária (ADOI) de 9.200 contratos (US$ 895 milhões em valor nocional) em agosto de 2025.

  • Mais de 532.000 contratos futuros de XRP (US$ 25,7 bilhões em valor nocional) negociados desde o lançamento em 19 de maio.

  • Recorde mensal de ADV de 6.600 contratos (US$ 388 milhões em valor nocional) e recorde de ADOI de 9.300 contratos (US$ 948 milhões em valor nocional) em agosto de 2025.

No dia 13 de outubro, lançamos oficialmente as opções sobre nossos futuros de Solana e XRP. O lançamento desses contratos de opções se baseia no forte crescimento e no aumento da liquidez observados em nossa linha de futuros dessas criptomoedas.

Disponíveis em dois tamanhos (grande e micro), esses contratos oferecem a uma ampla variedade de participantes de mercado — desde instituições até traders individuais ativos e sofisticados — mais opções e maior flexibilidade para gerenciar sua exposição a duas das criptomoedas líderes de mercado.

Altcoins

CTBR: Como a CME vê os “microcontratos” para altcoins como parte de sua estratégia geral de crescimento?

GV: Nossos microcontratos de criptomoedas estão entre os nossos contratos de criptomoedas mais negociados.

Dado seu pequeno tamanho, esses contratos são mais acessíveis a uma gama mais ampla de clientes, permitindo maior participação no mercado e ajuste fino da exposição.

Não lançaremos um novo contrato no mercado a menos que ele atenda às necessidades de nossos clientes. Dito isso, estamos sempre ouvindo e coletando feedback de clientes e do mercado sobre quais ferramentas de gerenciamento de risco eles precisam.

CTBR: A CME já oferece futuros e opções para Bitcoin, Ether, Solana e XRP. Há planos para oferecer negociação direta (spot) de Bitcoin ou outras criptomoedas pela CME?

No momento, não há planos para lançar negociação spot de criptomoedas. No entanto, a CME anunciou recentemente que todos os seus contratos futuros e de opções de criptomoedas estarão disponíveis para negociação 24 horas por dia, sete dias por semana, a partir do início de 2026, sujeito à aprovação regulatória.

“Embora nem todos os mercados se adaptem ao funcionamento 24/7, a demanda dos clientes por negociação contínua de criptomoedas cresceu significativamente, já que os participantes precisam gerenciar seus riscos diariamente. Garantir que nossos mercados regulamentados de criptomoedas estejam sempre ativos permitirá que os clientes negociem com confiança a qualquer hora”, afirmou Tim McCourt, diretor global de Ações, FX e Produtos Alternativos do CME Group.

Tokens RWA

CTBR:. Como a CME enxerga a evolução dos ativos reais tokenizados (RWA), das stablecoins e das finanças descentralizadas (DeFi)? Há planos para lançar derivativos ou índices ligados a esses setores emergentes, ou até integrar-se a protocolos DeFi sob estruturas regulatórias?

GV: A CME vê a tokenização de ativos reais, as stablecoins e o DeFi como instrumentos de aumento de eficiência nos mercados de capitais. A abordagem principal do grupo é integrar a tecnologia blockchain e os ativos digitais dentro de seu arcabouço regulatório, em vez de participar diretamente de protocolos DeFi existentes.

Por exemplo, a empresa está investindo na tokenização de ativos para simplificar processos de colateral, margem, liquidação e pagamentos dentro de seu próprio ecossistema.

Um passo importante nessa direção ocorreu em março de 2025, quando o CME Group anunciou uma parceria com o Google Cloud para testar soluções de tokenização e pagamentos institucionais utilizando o Google Cloud Universal Ledger (GCUL).

O foco dos testes está em tokenizar dinheiro e outros ativos para uso dentro das funções atuais de compensação e liquidação da CME, com o objetivo de aumentar a eficiência do ecossistema financeiro sem abrir mão da segurança e da conformidade regulatória.

6. Atualmente, quase 2 milhões de BTC estão em fundos de investimento e ETFs em todo o mundo, cerca de 1,5 milhão de BTC estão em tesourarias corporativas lideradas pela Strategy e cerca de 7 milhões de BTC estão perdidos (chaves esquecidas), além do famoso “1 milhão” de Satoshi. Isso sugere que quase metade do Bitcoin está “fora de circulação”. Com a crescente demanda institucional, reservas e até mesmo compras de estados-nação, haverá Bitcoin suficiente em dez anos para atender à demanda global de compra?

De 2016 até agora

CTBR: A CME foi uma das primeiras grandes bolsas globais a dizer “sim” ao Bitcoin em 2017, lançando futuros de BTC em uma época em que os bancos ainda fechavam contas cripto e alegavam que o Bitcoin era usado para golpes. O que mudou desde então? Como era conversar com investidores institucionais sobre BTC em 2017, em comparação com agora?

GV: Na verdade, entramos no mercado de Bitcoin em 2016, quando lançamos a Taxa de Referência do Bitcoin (Bitcoin Reference Rate) e o Índice em Tempo Real (Real-Time Index), em parceria com a Crypto Facilities (hoje CF Benchmarks). O objetivo era fornecer aos traders preços de Bitcoin em tempo real.

Naquela época, o mercado era altamente fragmentado e enfrentava um sério problema de confiança, já que corretoras offshore sofriam com hacks, quedas de sistema e flash crashes. Em 2017, decidimos lançar os futuros de Bitcoin em resposta à crescente demanda dos clientes e do mercado em geral. Projetamos esse contrato para oferecer transparência, descoberta de preços e transferência de risco — algo inédito no mercado de criptomoedas até então.

De 2016 até hoje, o mercado mudou completamente em estrutura e operação. Atualmente, somos a maior bolsa de futuros de Bitcoin do mundo em termos de posições em aberto, o que reforça a necessidade e o desejo do mercado por uma plataforma regulada com mecanismos sólidos de proteção ao cliente.

Desde então, ampliamos nossa oferta para incluir futuros de Ether, Solana e XRP, além de opções sobre futuros de Bitcoin e Ether. As opções sobre futuros de Solana e XRP começaram a ser negociadas em 13 de outubro.

Apesar das grandes transformações no mercado cripto ao longo dos anos, um elemento permanece constante: a confiança que estabelecemos no setor. Nossas taxas de referência e contratos futuros oferecem ao ecossistema um mercado regulamentado e líquido para a descoberta de preços, fundamental para o desenvolvimento de ETFs lastreados em ativos como Bitcoin e Ether.

  • Precificação confiável: a aprovação dos ETFs à vista pela SEC dependeu de índices regulamentados e confiáveis, como os da CME.

  • Estabilidade: investidores institucionais buscam referências estáveis que inspirem confiança entre reguladores e instituições. As taxas da CME tiveram papel crucial em tornar os ETFs de criptomoedas viáveis.

  • Confiança: mais de 25 ETFs spot e baseados em futuros utilizam nossos produtos e índices em tempo real da CME CF, o que significa que seus preços e avaliações estão diretamente vinculados a dados de mercado confiáveis e auditados, em vez de fontes voláteis ou não regulamentadas.

Hoje, há muito o que celebrar no mercado cripto. Há maior maturidade, com os mercados de criptomoedas se tornando mais transparentes, acessíveis e sofisticados, impulsionados por avanços regulatórios, adoção institucional e ferramentas de gestão de risco mais robustas, características de mercados tradicionais.

Os derivativos tornaram-se essenciais para a descoberta de preços, oferecendo um mercado regulamentado e transparente com taxas de referência padronizadas. Esses instrumentos pavimentaram o caminho para produtos como os ETFs spot.

A adoção institucional também cresceu fortemente. Cada vez mais fundos e gestores alocam recursos em criptoativos, reconhecendo seu valor como classe de investimento legítima e respondendo à demanda crescente dos consumidores.

Desde o lançamento dos futuros de Bitcoin em 2017, observamos forte demanda por ferramentas adicionais de gestão de risco de preço. As oscilações no valor do Bitcoin e do Ether aumentaram a dificuldade de acesso ao mercado, levando à introdução de micro contratos de Bitcoin e Ether, além de futuros cotados em spot e futuros semanais para ampliar as opções de tamanho contratual.

Hoje, a participação no mercado é equilibrada entre fundos de hedge, CTAs, gestores de ativos e fundos cripto nativos.

A fronteira entre os mercados tradicionais e os criptoativos está sendo redesenhada. À medida que os mercados digitais amadurecem, cresce a convergência entre a finança tradicional (TradFi) e os ativos digitais, formando um ecossistema institucional mais sólido, moldado por estruturas, expectativas e resiliência operacional típicas da TradFi.

Os avanços recentes refletem uma mudança na percepção institucional dos ativos digitais, com novas regras e diretrizes sendo estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos.

A adoção institucional continua a ser impulsionada por produtos que espelham os mercados tradicionais, mas aproveitam as vantagens do blockchain. As ofertas atuais incluem mercados spot e de derivativos, produtos com rendimento, ETFs, resgates em espécie e recibos depositários, todos projetados com a mesma lógica e rigor operacional dos produtos tradicionais.

A expansão de futuros, opções e produtos estruturados no setor cripto reflete os mesmos mecanismos dos derivativos da TradFi, fornecendo descoberta de preço, hedge de risco e oportunidades especulativas que se alinham aos mandatos institucionais.

Negociações 24/7

CTBR: Os EUA estão se preparando para permitir a negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana, de ações tokenizadas, o que significa que ações e ETFs americanos se tornariam globalmente disponíveis via blockchain. Como você vê esse desenvolvimento?

GV: Recentemente, anunciamos que, a partir do início de 2026, todos os nossos futuros e opções de criptomoedas estarão disponíveis para negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Embora nem todos os mercados se prestem a operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, a demanda dos clientes por negociação de criptomoedas 24 horas por dia, 7 dias por semana, cresceu, visto que os participantes do mercado precisam gerenciar seus riscos todos os dias da semana. Garantir que nossos mercados regulamentados de criptomoedas estejam sempre ativos permitirá que os clientes negociem com confiança a qualquer momento.

Stablecoins

CTBR: Como a CME enxerga a popularização das stablecoins e leis como a Genius Act nos Estados Unidos?

GV: A CME afirma que, ao longo dos anos, sempre defendeu regras claras para o setor de ativos digitais e acolhe positivamente legislações que tragam segurança jurídica e previsibilidade regulatória.

Leis como a GENIUS Act — sancionada recentemente nos Estados Unidos — têm desempenhado um papel decisivo no incentivo à inovação e ao crescimento do mercado cripto. Segundo a empresa, o avanço regulatório atua como catalisador para o desenvolvimento do ecossistema, ao mesmo tempo em que atrai investidores institucionais.

Um exemplo citado é o impacto positivo sobre blockchains como o Ethereum, que impulsionam o uso de stablecoins e, por consequência, fortalecem o valor de seus tokens nativos, como o ether (ETH).

A CME destacou que sua linha de futuros de Ether atingiu um recorde de 297,6 mil contratos negociados em agosto de 2025, totalizando US$ 6 bilhões em valor nocional — um crescimento superior a 80% em relação a julho.

Além disso, o interesse aberto médio diário (ADOI) também registrou recorde histórico em setembro, com 203 mil contratos e um valor nocional de US$ 8 bilhões. Esses resultados refletem não apenas a maturidade crescente do mercado, mas também a importância das stablecoins e do arcabouço regulatório para a consolidação das criptomoedas como classe de ativo legítima e globalmente integrada.

[Fonte Original]

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