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segunda-feira, outubro 20, 2025

Festival literário gratuito no Maracanã terá Frei Betto, samba e slam

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O som do samba, o ritmo da poesia falada e o silêncio atento de quem folheia um livro vão se misturar novamente no Maracanã. Entre a próxima quinta-feira (23) e sábado que vem, o Festival do Livro do Rio de Janeiro (Fliv-Rio) chega à quarta edição com uma programação gratuita e diversa, que vai de cinedebates a batalhas de slam, passando por lançamentos de livros, teatro e atividades infantis. Este ano, o evento presta uma homenagem a José Mujica, falecido ex-presidente do Uruguai.

— O mote do Fliv-Rio é “Democracia é luta de todo dia”. Mujica representa os que não desistem de construir cotidianamente um mundo mais justo e solidário — diz Francisco Izidoro, curador do festival e diretor do Sinttel-Rio, entidade que sedia o evento, na Rua Morais e Silva 40.

A programação inclui cerca de 40 atividades que abordam temas contemporâneos como racismo ambiental, tecnologia, desigualdade e política internacional. Entre os destaques estão nomes como Frei Betto, padre Júlio Lancellotti, Jessé Souza e João Cézar de Castro Rocha, além de pesquisadoras como Jacqueline Botelho, Ana Penido e Maíra do MST.

Logo na abertura, quinta-feira, às 18h, o público poderá assistir ao documentário “Fé e política”, seguido de debate com Frei Betto e as jornalistas Bel Correa e Isabelle Gomes. No dia seguinte, uma mesa receberá discussão sobre o meio ambiente, às vésperas da COP 30; e, às 14h, o tema “Direitos humanos e democracia” ganha espaço com o padre Lancellotti. O encerramento, no sábado, traz uma conversa sobre as relações “Lula x Trump” e um mergulho na literatura periférica brasileira.

O Fliv-Rio também incentiva novos leitores e autores independentes, oferecendo livros com até 30% de desconto e ampliando o acesso a obras fora do circuito editorial tradicional. O tradicional Mercado do Sebo retorna com a troca de livros por alimentos destinados a crianças em tratamento no Hospital Gaffrée Guinle.

Para os jovens, o concurso “Ler pra crer” estimula alunos do ensino médio a produzir apresentações criativas a partir de obras literárias, com premiação para os melhores trabalhos. Já o slam poético, marcado para a sexta-feira, promete dar voz à juventude da periferia, com microfone aberto e performances autorais.

O festival ganha, pela primeira vez, um espaço infantil, com narração de histórias, livros e brincadeiras. O teatro marca presença com a peça “Marx baixou em mim”, do grupo Militantes em Cena, e o cinema retorna como ferramenta de reflexão social. No fim de cada dia, o grupo feminino Abyás do Samba encerrará as atividades com música e celebração.

— O Fliv-Rio busca ser um espaço de encontro. As famílias agora podem participar com mais tranquilidade, e cada debate deixa o público com novas reflexões. O samba e o nosso “bibliobar”, com cerveja artesanal e petiscos, completam a experiência — diz Izidoro.

[Fonte Original]

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