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terça-feira, outubro 7, 2025

Relacionamento saudável ou abusivo? Saiba reconhecer os sinais e cuidar do seu bem-estar

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Saber identificar os limites entre um relacionamento saudável e um abusivo é fundamental para preservar o equilíbrio emocional e prevenir consequências sérias para a saúde mental. Muitas vezes, os sinais de abuso são sutis e podem ser confundidos com demonstrações de cuidado ou afeto, mas revelam dinâmicas de controle, manipulação e insegurança que comprometem a autoestima e até mesmo a segurança da pessoa envolvida.

Mas como distinguir um relacionamento saudável de um abusivo? Para esclarecer as principais diferenças, a psicóloga Andressa Taketa explica como identificar essas situações e quais são os impactos de permanecer em um vínculo tóxico.

Segundo a especialista em relacionamentos, a principal diferença está no que a relação proporciona a você: paz ou ansiedade.

— Um relacionamento saudável traz tranquilidade, apoio e liberdade para ser autêntico, enquanto o abusivo cria tensão constante, como se você estivesse sempre pisando em ovos. No saudável, o parceiro comemora suas conquistas e respeita sua individualidade. Já no abusivo, ele desmerece seus sucessos e tenta afastar você de amigos e familiares. Até momentos que deveriam ser felizes, como uma viagem, se tornam parceria para um e caos para o outro — diz.

O ciúme, por sua vez, é um dos sinais de alerta mais comuns. Para Andressa, o ciúme excessivo é sempre tóxico. Ela diferencia o ciúme natural, ligado a inseguranças pontuais, do ciúme patológico, que é irracional e visa controlar.

— O ciúme saudável é passageiro e pode ser discutido pelo casal, fortalecendo a compreensão. Já o excesso não se fundamenta no amor, mas sim na insegurança profunda, na baixa autoestima e na falta de confiança de quem o sente — complementa.

Outro aspecto importante é quando o cuidado deixa de ser genuíno e se transforma em controle. Andressa esclarece que o cuidado verdadeiro tem como objetivo o bem-estar da pessoa amada, enquanto o controle busca submissão.

— O cuidado saudável é uma via de mão dupla, baseado em empatia e apoio. Já o ciúme patológico transforma o parceiro em um objeto de posse, cuja liberdade precisa ser constantemente monitorada. É aí que surgem comportamentos como exigir senhas, vigiar o celular, rastrear a localização, interrogar sobre cada passo e tentar isolar da rede de apoio. Essas práticas nascem da insegurança e frequentemente explodem em agressividade diante de qualquer gatilho — detalha.

Andressa ressalta que os impactos de permanecer em um relacionamento abusivo são devastadores. Segundo ela, a vítima vive um ambiente de estresse, medo e humilhação, que provoca um adoecimento gradual, com efeitos que podem se prolongar mesmo após o término da relação.

— A necessidade constante de pisar em ovos e a imprevisibilidade do comportamento do abusador mantêm o sistema nervoso em alerta, levando a quadros de ansiedade generalizada e estresse crônico. A desvalorização e o isolamento minam a autoestima, abrindo caminho para depressão severa, marcada por tristeza profunda, perda de interesse e desesperança. Muitas vezes, a vítima deixa de se reconhecer, passa a duvidar de suas próprias capacidades e sente que não é nada sem o parceiro. Em situações mais graves, quando há violência física ou psicológica intensa, pode surgir o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, manifestado por flashbacks, pesadelos e sensação constante de perigo — afirma.

Apesar da gravidade do tema, Taketa destaca que é possível fortalecer a confiança e construir uma relação saudável. Para isso, é necessário comprometimento e esforço mútuo. O diálogo aberto sobre sentimentos, expectativas e preocupações é fundamental, assim como a honestidade, mesmo em momentos difíceis. Cumprir promessas e agir de forma coerente reforça o vínculo.

— O respeito ao espaço individual e o incentivo à autonomia também são essenciais, pois demonstram segurança e cumplicidade. Validar os sentimentos do outro, mesmo sem concordar, cria uma conexão profunda, enquanto esconder informações relevantes pode minar a relação. Construir confiança é um processo contínuo, que exige paciência, dedicação e, sobretudo, a decisão mútua de criar um vínculo baseado no respeito e na segurança — conclui.

[Fonte Original]

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