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sábado, novembro 8, 2025

O que é a COP30, quem participa e o que está em jogo; entenda

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Belém recebe, entre esta segunda-feira, 10, e o dia 21 de novembro a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. O evento, por si só, é histórico, por ter como palco, pela primeira vez, uma cidade da Amazônia.

Confirmaram presença 143 delegações dos 198 países signatários dos tratados internacionais. São esperadas cerca de 50 mil pessoas, entre delegados dos países, negociadores, jornalistas e 15 mil representantes de movimentos sociais.

O principal objetivo do encontro é definir medidas necessárias para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC até o final deste século, acelerando a implementação do que foi negociado nas COPs anteriores, principalmente a de 2015, em Paris, quando foi firmado o acordo que leva o nome da capital francesa e propõe as medidas para contenção do aumento da temperatura global.

Entre os principais temas, estão a redução de emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas, financiamento climático para países em desenvolvimento, tecnologias de energia renovável, preservação de florestas e biodiversidade, e justiça climática.

Desafios e metas de redução de emissões

O principal desafio da conferência será o financiamento climático. As presidências da COP29, do Azerbaijão, e da COP30, do Brasil, anunciaram o Mapa do Caminho de Baku a Belém, um plano estratégico para mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035. A COP29 havia estabelecido que os países desenvolvidos devem assumir a liderança no fornecimento de pelo menos US$ 300 bilhões anuais até 2035, valor considerado insuficiente por países em desenvolvimento.

Até fevereiro de 2025, os países deveriam ter apresentado NDCs (suas metas de redução de emissões) atualizadas, com compromissos de mitigação para 2035 alinhados ao objetivo do Acordo de Paris, mas, até o momento, apenas 64 países apresentaram suas metas, representando somente um terço das 198 nações signatárias do Acordo de Paris.

Entre as metas mais aguardadas estava a da União Europeia, que só apresentou sua NDC na semana anterior à abertura do encontro, no dia 5 de novembro. Após uma maratona de negociações, os ministros do Meio Ambiente dos 27 Estados-membros chegaram a um acordo para apresentar uma NDC com meta de reduzir as emissões de gases-estufa entre 66,25% e 72,5% até 2035 (em comparação com 1990) e de 90% até 2040.

A principal ausência entre os grandes países é a dos Estados Unidos, que não tem delegação oficial na conferência.

Mesmo assim, os americanos contam com representantes de mais de 100 Estados e municípios cujas políticas ambientais divergem das do presidente Donald Trump, constituindo a maior delegação de governos regionais do encontro, depois da brasileira.

[Fonte Original]

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