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terça-feira, novembro 18, 2025

Cantor é sequestrado e esquartejado em Simões Filho ao sair para comprar água

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O cantor Williams Nogueira, de apenas 28 anos, teve sua vida ceifada de forma cruel e sem justificativa, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. A história começou com uma simples ida a uma casa de Candomblé, mas acabou se transformando em uma tragédia.

“Quem te conhece sabe a luz que você tem. Dentro e fora do palco, você é isso aí… LUZ!!! O tempo de Deus é perfeito, meu amor. Sou grata por ter feito parte da nossa melhor fase. Te amo, te amo, te amo!!!! Você é incrível”, disse uma amiga nas redes sociais!

O músico morava no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, e, no último sábado (15), estava em Simões Filho para participar de um culto em uma casa de Candomblé. Tudo indicava que o fim de semana seria apenas mais um entre tantos outros para ele, até que, ao sair para comprar água, foi abordado por traficantes do Bonde do Maluco (BDM). Sem envolvimento com o crime, ele se tornou alvo de uma violência inimaginável, simplesmente por ser morador de uma área dominada por facções rivais.

O sequestro e a tortura

William foi levado para uma área de mata fechada, em uma comunidade do bairro Cova da Gia, onde foi forçado a fazer o sinal do “3”, símbolo da facção BDM. A tortura, seguida de um esquartejamento, acabou com sua vida. A crueldade do crime foi além do que qualquer ser humano poderia imaginar. A foto de William fazendo o gesto foi tirada pelos próprios criminosos, como se fosse um troféu de sua impiedade.

Mãe foi até a comunidade para salvar o filho

A mãe de William desabafou, sem conter a revolta. Entre lágrimas, ela relatou os momentos de desespero que vivera após o desaparecimento de seu filho, no sábado. Desconsolada, ela contou que o filho, além de ser músico, não tinha qualquer envolvimento com o crime, e que participava do Candomblé há cerca de sete meses.

A mãe, visivelmente marcada pela dor, relatou com emoção o sofrimento que enfrentou. Ela descreveu o filho como um menino educado, comunicativo e bom, e considerou a situação como uma verdadeira covardia.

Determinada a salvar William, ela tomou a decisão de ir até a comunidade dominada pelo tráfico, sem qualquer apoio, tentando negociar a liberdade do filho. Ela foi até lá às 4h30 da manhã, movida pela coragem, e foi informada de que William estava vivo e seria devolvido. Porém, ao voltar para casa esperando pelo filho, ele nunca retornou.

Na manhã de segunda-feira (17), os restos mortais do jovem foram encontrados enterrados em duas covas rasas. O Corpo de Bombeiros, em conjunto com o Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi acionado para resgatar o corpo debaixo da terra, em uma área de difícil acesso, ainda mais complexa pela densa vegetação local. A polícia, até o momento, não conseguiu prender os responsáveis, mas segue investigando o caso, enquanto a dor da família cresce.

A história de William, que não tinha envolvimento com facções criminosas e seguia sua vida como qualquer outro jovem, termina de maneira trágica, deixando uma família devastada e uma comunidade perplexa.

William Nogueira | Créditos: (reprodução/instagram)

“Que dor em meu coração. Meu primo, eu te amo tanto, tanto, tanto. Tiraram sua vida de forma covarde. Uma pessoa trabalhadora e cheia de sonhos, que compartilhava comigo. Não consigo aceitar a sua partida”, disse uma prima do rapaz nas redes sociais.

A investigação e o enterro

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as investigações, mas, até o momento, nenhum suspeito foi preso. O corpo de William será enterrado nesta terça-feira (18), em meio ao luto e à consternação de amigos e familiares. Eles ainda tentam entender a violência sem sentido que levou o jovem à morte.



[Fonte Original]

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