Usar ar-condicionado virou quase uma necessidade em várias regiões do país, e ninguém discorda de que ele traz um conforto indescritível. O problema aparece quando a conta de luz chega. O consumo pode disparar se o aparelho for usado sem alguns cuidados simples.
Para descobrir o que realmente funciona, conversei com especialistas, comparei modelos e testei hábitos aqui em casa. O resultado é uma lista prática, com cinco estratégias capazes de reduzir de forma real o gasto mensal.
E sim, no final explico quanto consegui economizar usando quatro aparelhos todos os dias.
1. Use a função Sleep
Muita gente ignora essa função, mas ela faz diferença tanto no consumo quanto no conforto. Ao ativá-la, o aparelho aumenta a temperatura gradualmente, um grau por hora, acompanhando a queda natural da temperatura corporal enquanto você dorme. É um ajuste suave, quase imperceptível, mas que reduz os picos de energia.
O ar deixa de trabalhar no limite, o que evita surpresas desagradáveis na conta ao fim do mês. O mais interessante é que até modelos mais simples costumam trazer essa função. Um exemplo é o LG Dual Inverter Voice, que aparece bastante nas recomendações de especialistas. Ele oferece várias opções de BTUs, possui tecnologia inverter e um controle 4 em 1 que permite reduzir o consumo em diferentes níveis. Vale dar uma olhada depois.
2. Aproveite o Timer
Parece básico, mas programar o horário de desligamento e acionamento do aparelho muda o jogo. Com o Timer, você pode, por exemplo, agendar para que o ar ligue 15 minutos antes de chegar em casa. Assim o ambiente já estará fresco sem que você precise colocar a temperatura no mínimo.
Outra tática funciona bem à noite. Se você acorda às 7h, experimente programar o desligamento para as 5h. O ambiente normalmente permanece fresco por bastante tempo, e essa pequena janela já reduz o consumo do mês.
3. Função Eco: o aliado de quem quer dormir bem
A função Eco não está presente em todos os modelos, mas quando existe, vale ouro. Ela estabiliza a temperatura por algumas horas e, depois, ajusta automaticamente conforme o corpo esfria ou esquenta.
Esse comportamento inteligente mantém o conforto, reduz o gasto elétrico e elimina a necessidade de mexer no controle durante a madrugada. O Midea Extreme Save Connect é um bom exemplo. Ele traz a opção “Econ Noite”, que promete economizar até 40% no período noturno. Para quem usa o ar em mais de um cômodo, o impacto é grande.
4. Ajuste a temperatura para 23°C
Essa é uma recomendação que gera discussão. Afinal, muita gente gosta do ambiente bem gelado. Mas as fabricantes são claras: 23°C é o ponto de equilíbrio entre conforto e economia. Se a instalação estiver correta, o aparelho tiver a potência certa para o ambiente e a manutenção estiver em dia, essa temperatura garante um clima agradável sem exigir esforço excessivo do motor.
Pesquisas apontam que a maioria das pessoas se sente bem entre 20°C e 23°C. Se você é do time que sempre baixa demais, vale testar por uma semana para ver a diferença no consumo.
5. Priorize aparelhos Inverter
Essa é, disparado, a dica que mais impactou minha conta. Aqui em casa, testei dois modelos inverter e dois tradicionais. A diferença foi tão grande que acabei trocando todos os que não tinham essa tecnologia.
O inverter mantém o compressor sempre em funcionamento, ajustando a velocidade conforme a necessidade, sem aqueles ciclos frequentes de ligar e desligar. É justamente esse ciclo que cria picos de energia.
Com o inverter, o consumo pode cair entre 40% e 70%, dependendo do uso.
Depois da troca, economizei quase R$ 200 por mês, apenas modernizando os aparelhos.
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Funciona?
Se você aplicar essas cinco estratégias, o gasto com ar-condicionado deve cair de forma visível em 30 a 60 dias. Teste, acompanhe a conta e volte para contar o resultado. Quem usa mais de um aparelho costuma notar a diferença ainda mais rápido.