Cuidar bem de um carro sempre parece simples, mas quem já abriu o capô sabe que existe mais coisa acontecendo ali do que o motorista imagina. Entre todos os itens que mantêm o motor saudável, o óleo lubrificante ocupa o topo da lista. Ele circula em alta temperatura, enfrenta pressão constante e segura a bronca para que tudo funcione sem atrito. Por isso, precisa ser substituído com regularidade.
Os fabricantes deixam claro no manual do proprietário que cada motor usa um tipo específico de óleo. Essa orientação existe por um motivo óbvio: ignorar a recomendação abre caminho para superaquecimento, desgaste interno e até quebra total do propulsor. Segundo o especialista em mecânica automotiva Daniel Monteiro, o lubrificante perde suas propriedades com o tempo e não consegue mais proteger o conjunto.
Ignorar a troca do óleo motor pode custar muito dinheiro
Quem adia a substituição do óleo enfrenta dois problemas imediatos: maior consumo de combustível e desgaste acelerado das peças internas. Em casos mais graves, o motor perde pressão, trava e pode até sofrer danos irreversíveis.
O conserto não sai barato. Dependendo do modelo e do tipo de motor, o reparo pode variar de R$ 5 mil a R$ 100 mil. Um valor alto para algo que, na prática, se resolve com uma troca simples e barata.
Quando trocar o óleo do motor?
Monteiro lembra que a troca faz parte da manutenção preventiva, que define a saúde do carro no longo prazo. Os motores ciclo Otto, mais comuns no país, trabalham com média de troca de 10 mil quilômetros. Essa quilometragem, no entanto, muda bastante dependendo do uso do veículo.
Alguns cenários exigem atenção redobrada, como:
- Trânsito pesado todos os dias
- Trajetos muito curtos, de 8 a 10 km
- Estradas de terra ou locais com muita poeira
- Uso frequente em regiões muito quentes
Nessas situações, o óleo sofre mais. Por isso, o motorista precisa checar no manual a periodicidade indicada para “condições severas”, já que o intervalo recomendado pode ser bem menor.
Como perceber que o óleo está no fim da vida útil?
Quem dirige diariamente às vezes se acostuma aos sons do carro, mas certos sinais acendem um alerta imediato. Entre os mais comuns estão:
- Aumento do ruído do motor
- Formação de borras
- Perda de potência
Esses sintomas mostram que o óleo já não cumpre o papel de lubrificar. Quando isso acontece, a troca precisa ser feita rapidamente.
Por que a manutenção preventiva faz diferença?
Para muitos motoristas, a revisão periódica funciona como um seguro silencioso. O motorista conta que manter tudo em ordem dá tranquilidade e evita surpresas desagradáveis. Ela afirma que já identificou pequenos problemas antes que se tornassem grandes, justamente porque segue o cronograma de manutenção.
Esse hábito faz sentido. A maior parte das contaminações do óleo não aparece a olho nu. Monteiro reforça que confiar apenas na cor ou no cheiro do lubrificante pode levar a erros caros.
O recado dos especialistas
Seguir o manual, respeitar a quilometragem e observar o uso do veículo garante vida longa ao motor. A troca do óleo não é apenas uma tarefa de rotina, mas uma das formas mais seguras de evitar prejuízos gigantescos.