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sábado, novembro 15, 2025

Alckmin diz que exportação sem alíquotas adicionais chega a 26% e fala em corrigir ‘distorções’

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse neste sábado (15) que a porcentagem de exportações para os Estados Unidos sem alíquotas adicionais subiu de 23% para 26% com a nova isenção das “tarifas recíprocas” anunciadas pelo governo de Donald Trump na sexta-feira (14). Alckmin afirmou que ainda há uma “avenida” de trabalho pela frente, para corrigir o que ele chamou de “distorções” nas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Os três pontos percentuais a mais equivalem a US$ 1,2 bilhão aproximadamente. Tarifas adicionais são aquelas impostas por Trump desde o início do segundo mandato. A declaração foi feita em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após o governo dos EUA anunciar uma lista de produtos agrícolas que serão isentos das tarifas de 10% impostas em abril.

Alckmin reconheceu que a ordem executiva de Trump foi “positiva e na direção correta”, mas que o Brasil ainda vai trabalhar para excluir mais ou reduzir totalmente as chamadas “tarifas punitivas” de 40%, impostas pelo governo de Donald Trump em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

Alckmin disse que a retirada das “tarifas recíprocas” de 10% beneficia café, carnes e frutas. Também ressaltou que um setor muito atendido foi o de suco de laranja, cuja taxação foi zerada. Contudo, segundo o vice-presidente, ainda é necessário trabalhar para excluir mais ou reduzir totalmente as chamadas “tarifas punitivas” de 40%, que foram impostas pelo governo de Donald Trump em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) opr uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

A jornalistas, o vice-presidente destacou a “força” do comércio exterior brasileiro, considerando que a decisão do governo norte-americano foi “positiva” e “na direção correta”. Alckmin ainda ressaltou a importância da conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Trump, além do encontro entre o chanceler Mauro Vieira e secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

O vice-presidente seguiu dizendo que o Brasil é o maior fornecedor de café dos EUA e, por isso, enxerga espaço para um “bom trabalho”. Por fim, afirmou que vai aguardar os próximos passos, mas ressaltou o otimismo de que haverá novos avanços.

“O presidente Lula sempre orientou diálogo e negociação, não tem tema proibido. Também teve a sensibilidade do governo americano. A iniciativa privada, do Brasil e dos EUA, também tem ajudado”, completou Alckmin.

O anúncio do governo norte-americano feito na última sexta-feira (14) ocorre em meio à insatisfação dos americanos com os altos preços dos alimentos no país.

Entre os produtos divulgados pela Casa Branca estão a carne bovina e o café, importantes itens de exportação do Brasil para os EUA e que estão sendo duramente afetados pelas tarifas impostas por Trump ao país.

As isenções reduzirão as tarifas comerciais sobre essas commodities agrícolas que, segundo a Casa Branca, não podem ser produzidas em quantidade suficiente nos EUA para atender à demanda interna.

Além de café e carne bovina, centenas de produtos alimentícios — como abacate, abacaxi, banana, castanhas e tomate — foram listados pelo governo como beneficiários da medida, que entrou em vigor retroativamente às 02h01 (horário de Brasília).

Em 2 de abril, Trump anunciou uma taxa de 10% sobre as exportações do Brasil aos EUA, além de alíquotas específicas sobre outros vários países.

Posteriormente, porém, o presidente norte americano aplicou uma “tarifa punitiva” de 40% sobre os produtos brasileiros, atribuindo a alíquota extra ao julgamento de Bolsonaro, condenado pelo STF por uma tentativa de golpe de Estado.

Com isso, a tarifa aplicada ao Brasil subiu para 50%. A Casa Branca recuou um pouco na ocasião ao divulgar uma lista com 700 exceções. Ainda assim, importantes itens do comércio entre os dois países ainda ficaram com alíquotas mais altas.

Alckmin reconheceu que a ordem executiva de Trump foi “positiva e na direção correta” — Foto: Cadu Gomes/VPR

[Fonte Original]

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