Consumo e medidas de estímulo vão dar algum fôlego ao PIB em 2026

O desempenho da economia terá um papel importante nas eleições presidenciais do ano que vem, ainda que a segurança pública tenda a ser o principal tema da campanha. O que se vislumbra de hoje é um crescimento na casa de 1,5% a 1,8%, inferior aos 2% ou um pouco mais estimados para este ano, impulsionado pelo consumo das famílias, num cenário de desemprego ainda baixo e renda em alta, e pelas medidas de estímulo fiscal e de crédito. Já os juros altos deverão funcionar como freio, especialmente dos investimentos. A inflação, por sua vez, tende a ser um pouco inferior aos cerca de 4,5% esperados para 2025, mas ainda ficar acima da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 3%. Se confirmado, é um quadro razoável para o bem estar do eleitor, mas não deve ser suficiente para tornar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o grande favorito na eleição, ainda mais num ambiente de polarização política como o atual, em que a economia parece ter um peso um pouco menor do que em pleitos anteriores.