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terça-feira, novembro 25, 2025

Governo age como ‘pai dos pobres e mãe dos ricos’, e BC fez ‘grande serviço’ ao liquidar Master, diz Stuhlberger, da Verde

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O Brasil convive com um “equilíbrio macroeconômico estranho” em que o governo funciona como “o pai dos pobres e a mãe dos ricos”, afirmou Luis Stuhlberger, principal executivo e chefe de investimentos (CEO e CIO) da Verde Asset, ao participar de painel do UBS WM Latin America Summit nesta terça-feira (25) em São Paulo, citando uma expressão atribuída ao ex-presidente Getulio Vargas. O gestor referia-se aos gastos da previdência pública e demais assistências de um lado e a manutenção de juros elevados do outro.

“Por que ele é a mãe dos ricos? Porque com esse juro extremamente alto, com R$ 2,6 trilhões ou mais, e subindo, em isentos, você consegue gerar uma renda de 15% ao ano (…) Isso gera uma renda isenta de R$ 400 bilhões nas mãos dos compradores.”

Do lado das despesas, Stuhlberger citou que 100 milhões de brasileiros, metade da população, recebem um cheque do governo, entre previdência e assistência social, uma conta que chega a R$ 1,625 trilhão. Isso explica a resiliência da economia de um país pobre e que tem rodado com juros de 15% ao ano e numa situação de aparente pleno emprego, porque “em lugares que recebem muitos benefícios, tem muita gente que trabalha e continua recebendo benefício”, o que faz com que o desemprego seja provavelmente dois a três pontos abaixo do real. “É isso que vai ser a marca de todos os governos do PT, em que o governo acelera [no fiscal] e o Banco Central breca.”

A diferença de outros mandatos, contudo, “surpreendente para um governo do PT”, é que o Banco Central sob o comando de Gabriel Galípolo tem buscado a meta de inflação. “Esse Banco Central sofreu pressões políticas enormes. E um elogio é ter tido a coragem de liquidar Master, que foi também um grande serviço, nós escapamos de uma coisa muito grave que teria sido permitir a salvação. Então, é um banco central que está fazendo um trabalho excelente.”

Stuhlberger não acredita que essa disciplina monetária vá mudar no último ano do governo.

[Fonte Original]

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