Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo segundo mês consecutivo em outubro, impulsionados principalmente pela ampla oferta global, informou nesta sexta-feira (7) a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O Índice de Preços de Alimentos da FAO, que acompanha uma cesta de commodities alimentares comercializadas globalmente, registrou uma média de 126,4 pontos em outubro, abaixo dos 128,5 revisados de setembro.
O índice apresentou ligeira queda em relação ao nível de outubro de 2024 e estava 21,1% abaixo do pico registrado em março de 2022.
Ele havia atingido um pico de dois anos em julho antes de se estabilizar em agosto e cair em setembro, principalmente devido à queda nos preços do açúcar.
O índice de açúcar da FAO caiu novamente em outubro, recuando 5,3% para o nível mais baixo desde dezembro de 2020, em meio à forte produção no Brasil, ao crescimento esperado da produção na Tailândia e na Índia e à queda dos preços do petróleo bruto.
O índice de preços de laticínios também caiu, registrando queda de 3,4% em relação a setembro, devido à menor cotação do leite em pó e à redução nos preços da manteiga, causada pela ampla disponibilidade para exportação da União Europeia e da Nova Zelândia.
O índice de carnes recuou 2% em outubro após oito meses de alta, com os preços de suínos e aves caindo acentuadamente, enquanto os preços bovinos continuaram a subir devido à forte demanda global.
Os óleos vegetais subiram 0,9%, atingindo o nível mais alto desde julho de 2022.
Em um relatório separado, a FAO prevê uma produção mundial recorde de cereais em 2025, de 2,99 bilhões de toneladas, após ter projetado 2,97 bilhões de toneladas no mês passado.
A perspectiva mais recente representa um aumento de 4,4% em relação à produção de 2024, com todos os principais cereais previstos para crescimento, e tanto a produção de milho quanto a de arroz deve atingir níveis recordes.