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quinta-feira, novembro 20, 2025

Tether investe na Parfin para acelerar adoção institucional do USDT

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A Tether, emissora do USDT, anunciou um investimento na brasileira Parfin para acelerar o uso institucional da stablecoin em pagamentos internacionais e em iniciativas de tokenização de ativos reais. O valor do aporte não foi informado.

Segundo Marcos Viriato, CEO da Parfin, o objetivo é fortalecer a presença da Tether no sistema financeiro da América Latina. Isso ocorre em um momento no qual a rival Circle já firmou parcerias com instituições como Nubank, BTG e Avenue. Para ele, o avanço das stablecoins mostra que o setor caminha para a infraestrutura blockchain e que a Tether pode oferecer a liquidez necessária para essa transição.

A parceria prevê o uso da Rayls, blockchain desenvolvida pela Parfin, voltada à liquidação de ativos digitais por bancos. Instituições brasileiras vêm testando modelos de distribuição de ativos financeiros em redes descentralizadas, mas ainda aguardavam a regulamentação plena do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ampliar as operações.

“A Tether quer conseguir atuar na tokenização de recebíveis e de ativos de commodities como forma de distribuição global”, explica Viriato.

O acordo também mira o avanço de pagamentos transfronteiriços com stablecoins. Segundo o CEO, a Tether tem demonstrado interesse em negócios de financiamento à exportação e importação, movimento reforçado pela aquisição da Adecoagro.

Ele explica que os exportadores poderiam antecipar pagamentos descontando cartas de crédito por meio do USDT, substituindo etapas realizadas hoje via Swift. Assim, seria possível reduzir custos e tempo de processamento. Como as operações em blockchain são imediatas e programáveis, deixam de depender de bancos intermediários.

Viriato destaca que a Rayls, por sua vez, oferece privacidade, escalabilidade e mecanismos de conformidade on-chain necessários para a operação da Tether. A Parfin atende hoje clientes como a B3, a provedora de liquidez Cainvest e a empresa de tecnologia Núclea. Para o executivo, a combinação entre uma base institucional relevante e uma grande empresa global de web3 cria um arranjo estratégico para ampliar o uso de ativos digitais.

No cenário internacional, a Tether vem ajustando sua estratégia. Em setembro, anunciou que lançaria uma nova stablecoin, a USAT para disputar o mercado americano, após a aprovação do “Genius Act”, legislação que regulamenta o funcionamento das stablecoins nos Estados Unidos.

[Fonte Original]

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