24.5 C
Brasília
segunda-feira, novembro 3, 2025

3 “Discussões” Que Todo Casal Precisa Ter

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img


Getty Images

Pausar é útil, mas o importante é voltar com calma e boa-fé

Acessibilidade








Nas últimas décadas, mudamos completamente a forma como vemos os conflitos em relacionamentos românticos.

Hoje, está bem estabelecido e conhecido que brigar com seu parceiro não é sinal de desastre. Na verdade, é uma parte normal, saudável e até necessária de um relacionamento de longo prazo.

No papel, nos dizem que dois parceiros expressarem suas diferenças e tentarem encontrar um caminho adiante é uma das atitudes mais maduras que um casal pode ter. Isso separa os relacionamentos superficiais daqueles que realmente têm chance de durar. Mas na prática, naquele momento em que você percebe que está discutindo com seu parceiro, é difícil ver a situação como madura ou “saudável”. Isso é especialmente verdadeiro para casais que ainda não aprenderam a discutir direito. Para eles, brigas podem fazer questionar tudo.

No entanto, se você e seu parceiro conseguirem superar os três tipos de briga a seguir, provavelmente conseguirão lidar com qualquer outra. Veja por quê:

1. Brigas “bobas” (que na verdade não são bobas)

Todo casal tem pequenas brigas que parecem totalmente sem sentido no momento. Elas podem surgir de diversas formas, como:

  • Discutir sobre alguém trapaceando em um jogo de tabuleiro;
  • Ficar irritado por ter sido deixado no “visto” em uma mensagem;
  • Discutir sobre onde ou o que comer no jantar.

Essas brigas, olhando para trás, geralmente fazem você se perguntar: “Por que gastamos energia com isso?” E, de fato, à primeira vista, parecem bobas, mas na maioria das vezes, não são. Na maioria das vezes, essas brigas mascaram algo mais profundo.

Por exemplo, se um parceiro está irritado por ter sido deixado no visto, provavelmente não é sobre a mensagem em si. É mais provável que ele se sinta negligenciado ou desvalorizado no relacionamento. O “visto” foi apenas o gatilho que tornou essas inseguranças mais evidentes.

Nessas brigas, o objetivo não deve ser apenas revirar os olhos e chamar de discussão idiota. Também não deve ser tentar resolver apenas o problema “bobo”. Um dos parceiros precisa agir como detetive e descobrir o que realmente está incomodando o outro por trás da fachada.

2. Brigas em impasse

Você provavelmente já enfrentou discussões que parecem não ter saída. São brigas em que os parceiros giram em círculos sem encontrar uma solução. Exemplos:

  • Ambas as partes estão tecnicamente certas;
  • Ambos são igualmente teimosos;
  • A mesma discussão se repete sem uma maneira fácil de comprometer-se.

Essas brigas são difíceis justamente porque raramente têm uma solução clara. Para muitos casais, são quase impossíveis de “simplesmente deixar para lá”, já que ambos estão convencidos da razão do próprio ponto de vista.

O objetivo nessas brigas não é necessariamente resolver o problema, mas sim manter a gentileza enquanto discordam. Ambos se importam com o assunto, ou ele não teria escalado tanto. A única forma de acalmar a situação é fazer com que ambos se sintam ouvidos e compreendidos, mesmo sem concordarem.

Estudos indicam que discussões frequentes e tensas podem gerar insegurança no relacionamento. Porém, problemas que parecem resolvíveis ajudam a reduzir essa incerteza. Ou seja, mesmo quando a discussão parece séria, acreditar que é possível resolvê-la faz grande diferença no estresse causado.

Casais precisam aprender que nem todo problema tem solução perfeita, mas isso não deve ser encarado como uma ameaça ao relacionamento. Mesmo sem encontrar uma solução ou concordar em discordar, tudo será mais tranquilo se ambos permanecerem gentis, ouvirem com atenção e se tratarem com respeito.

3. Brigas de bloqueio (“stonewalling”)

Por fim, há discussões em que um parceiro se fecha completamente e o outro continua pressionando. São raras em relacionamentos saudáveis, mas podem ocorrer. Exemplos:

  • Uma briga em que alguém fez algo errado e não consegue lidar com a confrontação;
  • Uma conversa que toca em um ponto sensível demais;
  • Um momento em que alguém se sente tão irritado ou sobrecarregado que simplesmente não consegue reagir.

Essas brigas podem ser assustadoras, fazendo parecer que algo no relacionamento foi irremediavelmente quebrado. Pesquisas de mais de quarenta anos dos Drs. John e Julie Gottman mostram que o “stonewalling” consistente, ou seja, se desligar emocionalmente e se retirar da conversa, é um dos quatro maiores preditores de divórcio.

No entanto, essas reações são humanas. Quando as emoções estão intensas, o corpo literalmente pode travar. Você pode se sentir tomado pela adrenalina, com o coração acelerado e a mente em branco, incapaz de pensar claramente, ou até sair da sala para evitar dizer algo que se arrependeria depois, o que, ironicamente, só deixa o parceiro mais irritado.

O objetivo nessas brigas não é evitar completamente o bloqueio, mas sim fazê-lo de forma saudável. É importante que a pausa seja intencional e, acima de tudo, mútua. Ambos devem reconhecer que a situação está tensa, concordar em se afastar e prometer voltar à conversa quando estiverem mais calmos.

O verdadeiro sucesso não é a pausa em si, mas cumprir a promessa de retornar à discussão de boa-fé, prontos e mais tranquilos.

Esses processos ajudam os parceiros a se tornarem mais emocionalmente conscientes, autocontrolados e capazes de perceber quando é hora de dar um tempo. Mais importante, eles mostram que mesmo as discussões mais difíceis não precisam ser o fim da história do relacionamento.

*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

 

 



[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img