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O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (25) e o dólar recuou no mercado doméstico, em um dia marcado pelo avanço das ações da Vale e pela desvalorização da moeda norte-americana no exterior. O índice subiu 0,41% e terminou a 155.910,18 pontos, enquanto o dólar à vista caiu 0,35% e encerrou cotado a R$ 5,3761.
A bolsa chegou a ultrapassar os 156 mil pontos na máxima, impulsionada pelo minério de ferro em alta na China. O movimento perdeu força ao longo do dia com a queda de Petrobras, acompanhando o recuo internacional do petróleo. O volume financeiro somou R$ 20,3 bilhões.
No câmbio, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 5,3570 e a máxima de R$ 5,4138. A moeda recuou alinhada ao cenário externo, onde aumentaram as apostas de corte de juros nos Estados Unidos em dezembro. No fim da tarde, o mercado americano estimava 84,7% de probabilidade de redução de 25 pontos base, segundo a Ferramenta FedWatch. O dólar futuro para dezembro caiu 0,28% e fechou a R$ 5,3790.
Profissionais do mercado relataram recomposição de posições durante a manhã, quando o dólar atingiu as cotações mais baixas. No início da tarde, o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, resumiu o movimento dizendo que ficou barato e investidores aproveitaram para comprar a moeda.
A sessão também foi influenciada por declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em audiência no Senado. Ele reforçou que a instituição deve perseguir o centro da meta de inflação de 3%. As taxas dos juros futuros recuaram e favoreceram setores como varejo, educação, construção civil e transporte, segundo o estrategista Nicolas Gass, da GT Capital.
O ambiente político seguiu no radar com decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a pesquisa CNT MDA, que mostrou melhora na aprovação do governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente em todos os cenários para a eleição de 2026.
Exterior
No exterior, o índice do dólar caía 0,51% no fim da tarde, refletindo a fraqueza global da moeda norte-americana.
Já Wall Street fechou em alta nesta terça, impulsionada por dados econômicos que reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve realizará em dezembro seu terceiro e último corte de juros do ano. O desempenho positivo perdeu força no setor de tecnologia, o que limitou o avanço do Nasdaq.
O Dow Jones subiu 1,43% e encerrou aos 47.112,45 pontos. O S&P 500 avançou 0,91%, para 6.765,89 pontos. O Nasdaq ganhou 0,67% e fechou em 23.025,59 pontos. A queda de 2,6% da Nvidia restringiu o movimento de alta do índice de tecnologia, mesmo com o Philadelphia Semiconductor Index registrando leve avanço de 0,2%.
Os investidores reagiram a uma série de indicadores que fortaleceram a aposta de corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Fed. Parte dos dados perdeu atualidade por conta dos atrasos provocados pela recente paralisação do governo, mas os sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho ganharam destaque. O estrategista Paul Nolte, da Murphy & Sylvest, afirmou que autoridades do Fed passaram de uma postura mais cautelosa para a percepção de necessidade de corte em dezembro diante do arrefecimento do emprego.
As probabilidades de redução da taxa básica atingiram 84,7% nesta terça-feira, acima dos 50,1% registrados há uma semana. A mudança foi impulsionada pelos comentários mais moderados de dirigentes como John Williams, presidente do Fed de Nova York, e Christopher Waller.
Entre os 11 setores do S&P 500, saúde liderou as altas e energia registrou a maior queda.