O governo de Israel acusou o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, de ser o principal elo entre o narcoterrorismo e o terrorismo islâmico na América do Sul.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse na segunda-feira (24) que a ditadura chavista apoia a expansão das atividades de grupos extremistas do Oriente Médio, como o Hezbollah, o Hamas e os houthis, para outras regiões.
As declarações do diplomata israelense foram feitas durante um discurso no Congresso paraguaio, em Assunção, onde Saar alertou que essas alianças transformaram a Venezuela em um centro fundamental para a expansão de redes de narcotráfico e terrorismo com alcance global, num contexto marcado pela expansão de rotas e operações a partir do continente sul-americano.
“Na América do Sul, criminosos estão construindo alianças de narcoterrorismo com o Oriente Médio. O elo dessa rede é a Venezuela”, frisou.
O ministro israelense ainda disse que o regime de Maduro “desestabilizou” a região ao causar uma crise de refugiados e passou a servir de base para as operações terroristas do Hezbollah.
Saar mencionou três frentes terroristas no Oriente Médio: Líbano, Gaza e Iêmen. Segundo ele, os grupos insurgentes que saíram desses locais não limitam suas atividades à região, mas funcionam como organizações integradas às estruturas estatais e capazes de cooperar para longe de suas fronteiras. E esse fenômeno, de acordo com o diplomata, já se estende à África e à América Latina.
“Hoje, os estados terroristas não estão focados apenas nas áreas que controlam, mas ameaçam toda a região e o mundo”, disse Saar.