Com ajuda da Agência Nacional de Combate ao Crime do Reino Unido e da Administração de Combate às Drogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês), a polícia e a Marinha de Portugal apreenderam nesta semana um submarino carregado com cerca de 1,7 tonelada de cocaína no Oceano Atlântico.
Segundo informações da emissora britânica BBC, as autoridades relataram que a embarcação vinha da América do Sul e tinha como destino a Península Ibérica. Dois equatorianos, um venezuelano e um colombiano que estavam no submarino foram detidos e mantidos em prisão preventiva após comparecerem a um tribunal no arquipélago dos Açores na terça-feira (4).
A polícia e a Marinha de Portugal chegaram à embarcação depois que o Centro de Análise e Operações Marítimas, com sede em Lisboa, recebeu informações de que uma organização criminosa enviaria em breve um submersível carregado com cocaína com destino à Europa, que acabou sendo rastreado e interceptado a cerca de mil milhas náuticas (1,85 mil km) de Lisboa.
A Marinha portuguesa não conseguiu rebocar o submarino para a costa devido às más condições meteorológicas e à fragilidade da estrutura, e ele acabou afundando posteriormente em mar aberto.
A apreensão ocorre num momento de aumento do tráfico de drogas para a Europa. Segundo um relatório divulgado pela Agência Europeia de Drogas (Euda) em junho, os Estados-membros da UE apreenderam 419 toneladas de cocaína em 2023, o que estabeleceu uma quantia recorde pelo sétimo ano consecutivo.
De acordo com o estudo, Bélgica, Espanha e Holanda são os países com os maiores volumes de apreensões, o que indica seu papel como principais portas de entrada da droga no bloco.
Os resíduos de cocaína no esgoto aumentaram em 39 das 72 cidades europeias com dados disponíveis sobre o tema entre 2023 e 2024, indicando um forte aumento no consumo da droga.