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A Suíça anunciou neste domingo (9), durante a COP30, em Belém, uma nova doação de 5 milhões de francos suíços (R$ 33 milhões) ao Fundo Amazônia, dobrando sua contribuição total para mais de R$ 60 milhões. O anúncio reforça a parceria com o Brasil na proteção da floresta e no combate às mudanças climáticas.
O compromisso foi firmado durante o evento Presença Suíça na COP30, realizado no Museu Paraense Emílio Goeldi, com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do embaixador suíço no Brasil, Hanspeter Mock, entre outras autoridades.
Marina Silva celebrou o gesto suíço e ressaltou que o mecanismo funciona por resultados: “Neste ano, reduzimos em 50% o desmatamento em relação a 2022. Evitamos lançar mais de 700 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera. Esse desempenho atrai mais recursos e gera benefícios para povos indígenas, comunidades tradicionais, ciência e inovação”, disse.
Segundo o embaixador Hanspeter Mock, a contribuição reforça o compromisso da Suíça com o clima global: “Sentimo-nos honrados em apoiar o Brasil nesse trabalho. O país alcançou o terceiro menor índice de desmatamento da história recente”, afirmou.
O que é o Fundo Amazônia
Criado em 2008 e gerido pelo BNDES sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Amazônia é considerado o maior mecanismo de financiamento mundial para ações de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+).
Seu objetivo é apoiar projetos que combinem proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida na Amazônia. Desde a criação, já beneficiou cerca de 260 mil pessoas, com o apoio a mais de 600 organizações e 144 projetos em mais de 300 municípios, cobrindo 70% da Amazônia Legal.
Após quatro anos de paralisação, o fundo foi retomado em 2023, captando R$ 1,6 bilhão adicionais e ampliando o número de países doadores de três para nove.
Uma coalizão global pela floresta
Além da Suíça, o Fundo Amazônia conta com aportes da Noruega, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca, Estados Unidos, Japão, Irlanda e União Europeia. Juntas, essas contribuições somam cerca de R$ 5 bilhões até 2025, fortalecendo a capacidade do Brasil de cumprir as metas do Acordo de Paris e do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Com governança transparente e todos os dados de doações, contratos e desembolsos disponíveis publicamente, o Fundo Amazônia se consolida como modelo global de cooperação climática, combinando impacto socioambiental mensurável e confiança internacional.
Fundo Florestas Tropicais
O Fundo Amazônia foi criado em 2008. Neste ano, foi criado o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que, até agora, somou R$ 5,5 bilhões. Entre os países signatários deste outro fundo estão o Brasil, Noruega, Indonésia e França,
O TFFF também conta com doações de outras fontes. A Fundação Minderoo investiu US$ 10 milhões (A$ 15,4 milhões), segundo o site oficial da TFFF.