21.5 C
Brasília
sábado, novembro 1, 2025

‘Segurança pública no Brasil tem sido para proteger a casa-grande e para atacar e conter a senzala’, diz especialista no setor – BBC News Brasil

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Crédito, EPA/Shutterstock

Legenda da foto, Operação policial de terça-feira foi a mais letal da história do Rio

Essa é a avaliação de Ricardo Brisolla Balestreri, que atua há mais de 30 anos na área de segurança pública, com passagem pela administração federal (foi secretário nacional de Segurança Pública entre 2008 e 2011) e estadual, em Goiás e no Pará.

Ele argumenta que a abordagem focada nas incursões policiais em favelas, como a operação conduzida na terça-feira (28/10) nos complexos da Penha e do Alemão, não resultou na contenção do crime. Pelo contrário. Facções continuam se expandindo territorialmente pelo país e têm adentrado cada vez mais mercados lícitos, passando a atuar em setores como o de combustíveis e o de bebidas.

Trata-se de uma receita de bilhões de reais por ano e que não fica restrita ao espaço das favelas, mas circula também nos grandes centros financeiros, em condomínios de luxo e “nos lugares mais caros e nobres do país” — o “andar de cima” ou a “cobertura”, como se refere Balestreri, que atualmente é professor e coordenador do núcleo de Urbanismo Social e Segurança Pública do Insper.

“Fuzil não brota em favela. Bandido de favela não constrói fuzil. Você tem um nível ‘top’ de criminalidade que não convive com favelado, que não mora em favela, que não senta com bandido de favela para tomar um vinho, para tomar um café”, diz ele, usando como exemplo os atores que participam do tráfico internacional de armas e do comércio ilegal de armamento.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img