A gestora de ativos 21Shares lançou dois fundos negociados em bolsa (ETFs) de índice de criptomoedas regulamentados sob o Investment Company Act de 1940, uma estrutura que pode aumentar a confiança dos investidores ao submeter os produtos às mesmas regras de divulgação e governança aplicadas aos fundos de investimento tradicionais dos Estados Unidos.
Os novos produtos, o 21Shares FTSE Crypto 10 Index ETF (TTOP) e o 21Shares FTSE Crypto 10 ex-BTC Index ETF (TXBC), foram anunciados na quinta-feira. Ambos oferecem ampla exposição a ativos digitais ao acompanhar índices de criptomoedas da FTSE Russell e manter uma cesta dos principais criptoativos por valor de mercado, em vez de investir em um único token.
Federico Brokate, chefe global de desenvolvimento de negócios da 21Shares, afirmou que fundos de índice permitiram aos investidores obter exposição diversificada a ativos tradicionais, especialmente ações. “O mesmo princípio se aplica ao investimento em cripto”, disse ele.
A 21Shares tem atuado de forma intensa no mercado de produtos negociados em bolsa de criptomoedas e foi recentemente adquirida pela FalconX por um valor não divulgado. A empresa continuará operando de forma independente sob o grupo FalconX.
A importância do Investment Act de 1940
O Investment Company Act de 1940 é a estrutura regulatória que rege fundos mútuos nos EUA e a maior parte dos ETFs tradicionais, impondo exigências relacionadas à custódia e à proteção do investidor.
Isso contrasta com o Securities Act de 1933, utilizado para estruturas de grantor trust que detêm commodities físicas, o modelo que reguladores têm aplicado principalmente aos produtos de criptomoedas spot nos EUA até agora.
Como relatado pelo Cointelegraph, a Securities and Exchange Commission (SEC) já aprovou um ETP de criptomoedas sob o Act de 1933, o Rex-Osprey Doge ETF, lançado em setembro.
Até agora, a SEC tem aprovado principalmente produtos spot de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) sob o Act de 1933, em vez de ETFs totalmente regulados como companhias de investimento sob o Act de 1940.
A demanda por ETFs de criptomoedas tem sido elevada desde a estreia dos fundos spot de Bitcoin no início de 2024. A BlackRock lidera o setor: seu ETF de Bitcoin IBIT acumulou cerca de US$ 70 bilhões em ativos sob gestão em seu primeiro ano e meio de mercado.