De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e vai renovando máximas históricas
SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa abandonou a fraqueza da abertura e renovou máxima nesta quarta-feira, trabalhando acima dos 153 mil pontos pela primeira vez na história, apoiado pelas blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), enquanto investidores repercutem notícias corporativas à espera da decisão de juros do Banco Central.
Por volta de 17h28, o Ibovespa subia 1,75%, a 153.331 pontos, tendo alcançado 153.392 pontos na máxima até o momento, após ter recuado a 150.296 pontos na mínima mais cedo.
De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e vai renovando máximas históricas. “Acima dos 151.000 pode buscar projeções nos 152.400 ou 157.000 por Fibonacci”, afirmou. “Teria sinal de realização numa perda dos 149.700, mirando suportes em 145.000 ou 140.000”, acrescentou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga sua decisão após o fechamento do mercado, que trabalha com manutenção da Selic em 15% ao ano e aguarda o comunicado em busca de sinais sobre os próximos passos. “Investidores devem prestar muita atenção a qualquer possível mudança no tom do comunicado”, afirmou a equipe do Citi.
DESTAQUES
- VALE ON (VALE3) subia 1,15%, descolada dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado caiu 0,26%.
- PETROBRAS PN (PETR4) avançava 1,36%, também na contramão do declínio do petróleo no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedia 1,33%, após reportar lucro líquido de R$11,9 bilhões no 3º trimestre.
- BRADESCO PN (BBDC4) valorizava-se 1,52%, BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) tinha elevação de 1,9%, BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) subia 0,76% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) mostrava acréscimo de 1,01%.
- C&A MODAS ON (CEAB3) saltava 8,2%, com lucro líquido de R$69,5 milhões no 3º trimestre.
- GPA ON (PCAR3) subia 4,49%, revertendo queda inicial, após divulgar lucro líquido de R$137 milhões e plano de corte de custos.
- PRIO ON (PRIO3) avançava 1,14%, após divulgar lucro líquido de US$64 milhões. No setor, BRAVA ENERGIA ON (BRAV3) subia 1,2% e PETRORECONCAVO ON (RECV3) mostrava estabilidade.
- CSN ON (CSNA3) recuava 3,72%, mesmo após Ebitda de R$3,3 bilhões. CSN MINERAÇÃO ON (CMIN3) perdia 2,35%, com lucro líquido de R$696 milhões.
- USIMINAS PNA (USIM5) caía 2%, após notícia de venda de participação da Nippon Steel e Mitsubishi para a Ternium.
- KEPLER WEBER ON (KEPL3), fora do Ibovespa, disparava 6,7%, após proposta da A-AG Holdco para combinação de negócios.