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domingo, novembro 23, 2025

Por que o departamento de inovação deveria ser o primeiro a ser cortado (e 4 motivos para não fazer isso)

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Se o corte de custos bater na sua porta amanhã, qual departamento sai primeiro da lista? A resposta mais comum é simples: inovação. E, em muitos casos, com razão. Durante anos, ela foi vista como uma promessa distante de resultado. Um investimento que, na prática, pouco dialoga com o caixa da empresa. Mas será que precisa ser assim?

Eu costumo dizer que, se o seu departamento de inovação não consegue provar valor, ele merece ser cortado. Mas também acredito que, quando é encarado do jeito certo, ou seja, conectado ao negócio e ao impacto financeiro, ele deve ser preservado.

A verdade é que os empreendedores brasileiros continuam apostando na inovação. Um sinal disso é o número de empresas industriais que utilizam inteligência artificial no Brasil entre 2022 e 2024 ter mais que dobrado, passando de 1.619 para 4.261, um crescimento de 163%, segundo dados divulgados no último mês pelo IBGE na Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC). No primeiro semestre de 2024, 41,9% já usavam IA, contra 16,9% em 2022. O desafio não é simplesmente investir, mas garantir que isso gere resultados concretos para o negócio.

1. Inovação sem propósito é custo, não investimento
 

Grande parte das empresas ainda se deixam levar pelo modismo. Criam squads, compram tecnologia e falam de IA sem saber o problema que estão resolvendo. E quando o orçamento aperta, o que não mostra resultado cai primeiro. Faz sentido. O problema é que o erro não está na inovação em si, mas em como ela é conduzida. Quando há clareza de propósito e conexão com indicadores reais de negócio, ela se paga. E rápido.
 

2. Empresas que inovam de forma estruturada crescem mais

Quem investe de maneira organizada e conectada ao negócio colhe resultados concretos. Estruturas como hubs internos, parcerias com startups e Corporate Venture Capital (CVC) não existem por modismo: elas permitem testar ideias de forma controlada, medir impacto e gerar valor real. Criar eficiência, ampliar receita e fortalecer a competitividade deveria ser o foco de toda empresa que inova.

3. Ferramenta de redução de custos
 

Inovar não é criar algo do zero, mas otimizar recursos e melhorar processos que já existem. Automatizar tarefas, integrar áreas e eliminar desperdícios gera eficiência real e impacto direto no resultado. Por exemplo, o uso crescente de tecnologias como inteligência artificial mostra que, quando bem aplicada, ela pode reduzir retrabalho e alavancar a produtividade.

4. Parar de inovar é abrir espaço para quem faz melhor

O mundo não espera. Enquanto alguns cortam investimentos por medo, outros aproveitam para acelerar. É isso que separa as empresas que apenas se adaptam às mudanças daquelas que definem o rumo do mercado. E inovar bem não exige um orçamento gigante: demanda foco, métricas e alinhamento ao core do negócio. Em momentos de crise, quem mantém o negócio vivo de forma inteligente sai na frente quando o ciclo vira.

Em resumo: se na sua empresa esse investimento é feito só para que ela pareça moderna, corte agora. Mas se ele entrega valor, mede impacto e atua junto das demais áreas estratégicas, ele não é custo, é vantagem competitiva.

[Fonte Original]

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