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terça-feira, dezembro 23, 2025

Metodologia de agrupamento de cidades aprimora o desenho de políticas públicas

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As cidades estão no centro dos desafios de sustentabilidade. Segundo estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), da Organização das Nações Unidas (ONU), embora ocupem menos de 3% da superfície do planeta, hoje, abrigam mais de 56% da população total – em 1960, esse percentual era de 34%, e projeções indicam que em 2050 deverá alcançar os 70%. Os dados também indicam que elas consomem mais de três quartos dos recursos naturais e são responsáveis por quase a mesma proporção das emissões de gases de efeito estufa.

Por outro lado, os adensamentos urbanos são o palco das soluções para o uso mais racional de água, ar, minerais, solo e vegetação. Com ações capazes de conectar estratégia, dados e inovação, é possível construir cidades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis. Essa é a proposta do grupo trabalho de Cidades Sustentáveis da Sustainable Business COP, ​​uma iniciativa global liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, lançada na COP30, com o objetivo de estruturar e fortalecer a participação do setor privado nas negociações climáticas globais.

A SB COP contou com a Deloitte Brasil como Knowledge Partner em dois de seus grupos de trabalho, incluindo o de Cidades Sustentáveis, onde a organização facilitou a construção metodológica e técnica dos trabalhos, contribuindo com pesquisas relevantes, dados estratégicos e análises, além de organizar reuniões e promover a troca de experiências entre os membros.

“A urbanização desordenada intensifica riscos diversos. Em países em desenvolvimento, muitas cidades enfrentam déficits estruturais em energia, água, saneamento, mobilidade e moradia. A falta de planejamento integrado e de capacidade institucional limita a resposta a esses desafios”, avalia Maria Emilia Peres, sócia de estratégia de sustentabilidade da Deloitte Brasil, que coordenou a atuação da organização como Knowledge Partner junto à SB COP para este grupo e o de Empregos e Competências Verdes, além de para a produção do relatório final.

“A participação na SB COP reforça a posição de referência da Deloitte Brasil em estratégias de sustentabilidade aplicadas ao território urbano, com atuação técnica, de articulação e de mercado”, completa Maria Emilia.

Clusterização de cidades

Fatores que impulsionam o progresso em uma cidade podem, muitas vezes, representar um obstáculo em outra. Partindo desse desafio, a estruturação técnica e a organização de estudos, dados e prioridades realizadas pela Deloitte Brasil como Knowledge Partner do grupo permitiu desenvolver uma metodologia inovadora para agrupar cidades conforme seus níveis de maturidade (capacidade de agir sobre os desafios) e complexidade (a intensidade dos desafios), reconhecendo que não existe uma solução única para os cenários urbanos.

O método define três classificações estratégicas, identificadas por cores — azul (cidades de baixa maturidade/alta complexidade), amarelo (maturidade e complexidade médias) e verde (alta maturidade/baixa complexidade) — que servem como ponto de partida flexível para análises e recomendações adaptadas a cada contexto. Essa abordagem permite que uma mesma cidade seja classificada de formas diferentes conforme o domínio analisado, tornando as recomendações mais precisas e alinhadas tanto aos desafios quanto à capacidade de resposta local.

Para implementar essa metodologia nas análises do grupo de trabalho, a Deloitte Brasil inicialmente avaliou quais seriam os sistemas urbanos mais críticos para a resiliência e o impacto climático, e que também fossem essenciais para todas as cidades, independentemente de seu grau de maturidade ou complexidade: energia, água e saneamento; mobilidade urbana e logística; e planejamento urbano e infraestrutura. .

Para cada um desses temas, a Deloitte Brasil apoiou os membros do grupo de trabalho a delinear ações prioritárias, adaptadas ao perfil de cada segmento. O resultado foi a definição de um roteiro prático, capaz de transformar ambição em resultados concretos para diferentes cidades, e que foi tornado púbico a partir do relatório final do grupo de trabalho.

Existem maneiras concretas de atender às demandas das cidades, de acordo com o respectivo desafio, explica Maria Emília. “Com a mobilização do setor privado, o acesso a tecnologia e inovação e o foco em inclusão e impacto social, é possível avançar, principalmente quando as soluções são orquestradas e empresas e governos atuam em parceria, seguindo estratégias bem alinhadas. Neste sentido, a Deloitte Brasil está bem-posicionada para codesenvolver projetos, estruturar modelos de financiamento, apoiar políticas públicas e acelerar a transição urbana justa”.

[Fonte Original]

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