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domingo, dezembro 28, 2025

Fim dos golpes? Essa é a nova bomba de combustível antifraude

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Todas as bombas de combustível em operação no Brasil deverão ser substituídas por modelos antifraude. A mudança busca reduzir golpes no abastecimento e aumentar a transparência para quem abastece.

Abastecer o carro, algo comum no dia a dia, virou motivo de atenção redobrada para muitos motoristas. Além do preço e da qualidade do combustível, cresce a preocupação com fraudes na bomba, que fazem o consumidor pagar mais por menos combustível. Esse receio ganhou força após investigações recentes revelarem o uso de postos como peças-chave de esquemas criminosos.

Operação Carbono Oculto e o setor de combustíveis

A Operação Carbono Oculto, conduzida pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pela Receita Federal, expôs um amplo esquema ligado ao Primeiro Comando da Capital, o PCC. As investigações apontaram que mais de mil postos de combustíveis teriam sido usados para lavar dinheiro do tráfico e de outras atividades ilegais.

Segundo a Justiça de São Paulo, ao menos 19 postos em São Paulo e Goiás tinham ligação direta com o esquema. Além da movimentação financeira irregular, surgiram acusações de venda de combustível adulterado com metanol, uso de bombas fraudulentas e empresas de fachada para mascarar a origem dos recursos.

O que muda com as bombas de combustível antifraude

Um dos golpes mais comuns é o da “bomba chipada”. Nesse caso, um componente adulterado faz o visor mostrar um volume maior do que o combustível realmente entregue. Diante do aumento de denúncias ao Inmetro, o Instituto de Pesos e Medidas decidiu avançar com um novo modelo de bomba.

As bombas de combustível antifraude passam a ser obrigatórias em todo o país até 2029. O foco está na quantidade abastecida. Fred Alexandre, especialista em metrologia e qualidade do IPEM-SP, explica que o equipamento adiciona uma camada extra de proteção ao sistema.

Imagem: (reprodução/Ipem)

A principal inovação é a criptografia. Os dados que circulam entre os componentes recebem uma assinatura digital, o que bloqueia a instalação de chips maliciosos. Se o sistema detectar qualquer alteração, o painel exibe um alerta. Quando tudo está correto, aparece uma mensagem de validação.

A tecnologia não avalia a qualidade do combustível, apenas garante que o volume cobrado seja o mesmo entregue.

Substituição gradual e impacto no bolso

A troca das bombas será feita de forma gradual, acompanhando a vida útil dos equipamentos atuais. Mesmo com um custo de instalação cerca de 30% maior, a expectativa é que isso não pese no preço final do combustível. A fiscalização já prevê multas para postos que mantêm equipamentos fora do padrão.

Atualmente, cerca de 400 bombas antifraude já funcionam no estado de São Paulo, com lista disponível no site do IPEM.

Prazo até 2029

O plano prevê cobertura nacional até 2029. Paralelamente, órgãos reguladores testam um aplicativo que permitirá ao consumidor acompanhar o abastecimento pelo celular. O sistema, ainda em fase inicial, usa conexão via bluetooth e um código próprio em cada bomba para verificar a confiabilidade do equipamento.

[Fonte Original]

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