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quarta-feira, dezembro 3, 2025

Dólar fecha em queda com regras de dividendo e eleições no radar

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O dólar à vista encerrou o pregão desta terça-feira em queda frente ao real, acompanhando o movimento observado na maioria dos mercados mais líquidos, em especial nos mercados ligados a commodities e emergentes. Apesar de o movimento de enfraquecimento do dólar ter sido global hoje, o real se destacou entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

O dólar à vista encerrou o pregão desta terça-feira em queda frente ao real, acompanhando o movimento observado na maioria dos mercados mais líquidos, em especial nos emergentes e ligados a preços de commodities. Apesar de o movimento de enfraquecimento do dólar ter sido global hoje, o real se destacou entre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

Operadores mencionaram tanto o cenário eleitoral quanto possíveis mudanças nas regras da isenção de tributação sobre dividendos como motivos para uma performance do real superior a dos pares nesta sessão. Ajustes relativos ao enfraquecimento do iene também foram citados como motivo para a melhora do câmbio.

Encerradas as negociações desta terça-feira, o dólar à vista exibiu desvalorização de 0,52%, cotado a R$ 5,3300, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,3285 e encostado na máxima de R$ 5,3627. Já o euro comercial recuou 0,41%, a R$ 6,1948. Perto do fechamento, o real exibia o segundo melhor desempenho entre as 33 moedas mais líquidas, atrás apenas do peso chileno. Já o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, oscilava -0,02%, aos 99,393 pontos.

Desde o começo da sessão de hoje o dólar à vista exibiu desvalorização frente ao real. Já era esperada uma melhora do real por conta do enfraquecimento do iene japonês. Se ontem o fortalecimento da moeda japonesa serviu como gatilho para o desmonte de posições de “carry-trade” (estratégia de tomar empréstimo em um país com juros baixos e aplicar o capital em países com juros mais elevados), o que prejudicou o real, com um ajuste desse movimento, a moeda brasileira pode recuperar parte do terreno perdido.

Luan Aral, especialista e trader de câmbio da Genial Investimentos, diz que essa “devolução” do desmonte de posições em “carry” se deu porque as informações sobre a alta de juros no Japão ainda são muito incipientes. “Precisamos ter mais dados sobre a economia japonesa e alguma postura mais clara e enfática do BC japonês sobre o que vai ocorrer. Me parece que o Banco do Japão vem tentando ver como o mercado reage às suas falas. Ontem, a reação foi ruim, mas hoje [o movimento] já voltou”, afirma.

Outro ponto mencionado pelos operadores de câmbio como motivo para o desempenho superior do real hoje foram notícias sobre mudanças nas regras para as empresas terem prazo alongado para anunciarem a distribuição de dividendos sem pagar tributos. Na leitura de operadores, isso pode reduzir a urgência de remessas, o que alivia a pressão de saída de fim de ano. Para Aral, mesmo que haja uma saída mais forte de dólares neste ano, o Banco Central está atento às dinâmicas do mercado, e o cenário global tem sido benéfico para a cotação. “Não vejo um cenário de dólar ganhando força neste fim de ano por conta de uma remessa enviada para o exterior”, afirma.

Outro ponto de atenção dos traders hoje foi a pesquisa Atlas/Bloomberg que apontou menor aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que abriria espaço a uma possível troca na condução da política fiscal do país. Para um gestor de moedas, o tema pode ter dado um gatilho de melhora aos ativos locais, mas algo muito marginal. Já Aral, da Genial, diz ainda não ver o tema eleições fazendo preço nos ativos. “Entendo que outros fatores hoje colocaram os mercados nas condições [melhores] que vimos.”

[Fonte Original]

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