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sexta-feira, dezembro 19, 2025

IFI projeta crescimento do PIB de 1,7% e inflação em 3,9% em 2026

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O cenário macroeconômico para 2026 é de desaceleração, com uma queda no ritmo de crescimento da economia brasileira, mas com uma inflação convergindo gradualmente para dentro da meta. Essa é a avaliação da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de monitoramento das contas públicas ligado ao Senado Federal, no seu Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de dezembro. O documento traz as projeções macroeconômicas e fiscais atualizadas para o curto e médio prazos.

A IFI estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,33% em 2025 e de 1,70% em 2026, projeção que, se confirmada, levará a uma desaceleração da economia no próximo ano. “Embora se preveja algum impulso à demanda decorrente de medidas fiscais — como a ampliação da isenção do imposto de renda —, a política monetária ainda em terreno contracionista, com juros reais elevados, tende a limitar o crescimento do PIB no curto prazo”, diz a instituição.

A IFI não espera nenhum impulso econômico extraordinário do setor externo em função da permanência de riscos e incertezas relevantes no quadro internacional.

No período entre 2027 e 2035, a IFI projeta uma taxa média de crescimento de 2,2%. “No médio prazo, assume-se a convergência do crescimento do PIB ao seu potencial, sustentada por ganhos moderados de produtividade, bem como a convergência da inflação para a meta, com estabilização da taxa de juros real em patamar compatível com os fundamentos domésticos e o ambiente externo”, afirma.

A instituição estima também que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar este ano em 4,3%. Em 2026, a inflação recuaria para 3,9%, dentro do intervalo da meta, e convergiria no médio prazo (entre 2027 e 2035) para o centro da meta (3,0%).

A IFI avalia, ainda, que a inflação ao consumidor em trajetória de desaceleração e o hiato do produto em processo de fechamento abrem espaço para que o Banco Central (BC) promova o início da redução da taxa Selic a partir do primeiro trimestre de 2026.

No cenário base, a IFI calcula uma Selic em 12,0% ao final de 2026, com início de flexibilização a partir do primeiro trimestre do próximo ano. Como resultado, a taxa de juros real ex-ante recua de aproximadamente 8,0% em 2025 para cerca de 7,0%, em 2026. Atualmente, a Selic está 15% ao ano.

Já a taxa de câmbio é projetada em R$ 5,40 ao fim de 2025 e R$ 5,45 ao fim de 2026.

— Foto: Daniel Dan/Pexels

[Fonte Original]

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