24.5 C
Brasília
quarta-feira, dezembro 17, 2025

Metade dos analistas aponta manutenção da Selic em janeiro, mostra Questionário Pré-Copom

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), 50% dos respondentes do Questionário Pré-Copom (QPC) apontavam que o colegiado manteria a taxa Selic em 15% ao ano na reunião de janeiro de 2026. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (17). No questionário de novembro, 53% esperavam manutenção da taxa em janeiro.

O QPC é enviado pelo Banco Central a participantes do mercado para coletar projeções e análises de cenário econômico antes de cada encontro do Copom. As informações são utilizadas como insumo para as discussões no colegiado.

Para janeiro, 38% apontaram que o Copom iria reduzir a Selic para 14,75% ao ano e outros 12% que a redução seria para 14,50% ao ano.

O questionário também perguntou sobre a projeção do mercado para a reunião da semana passada e 100% dos respondentes acreditavam que o Copom manteria o patamar da Selic, como foi feito.

Já para a reunião de março, apenas 4% responderam que o BC manteria o patamar dos juros. Outros 36% apontaram que o colegiado iria reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual; outros 59%, que a queda seria de 0,50 ponto; e um respondente, que a redução seria de 0,75 ponto.

O QPC também coletou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a mediana ficou em 4,40% em 2025 e 4,17% em 2026. A meta é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

As medianas das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) não se alteraram desde o QPC de novembro: 2,2% em 2025 e 1,8% em 2026. Para este ano, 77% responderam que veem riscos equilibrados para o cenário central do PIB, enquanto 16% apontaram riscos de baixa e 7% riscos de alta. Para 2026, 40% apontaram riscos equilibrados, 39% riscos de alta e 21% riscos de baixa.

O BC também solicitou que os participantes do mercado apresentassem suas estimativas para o hiato do produto, que mede a ociosidade da economia. Valores positivos apontam que a economia cresce acima do potencial. A mediana para o terceiro trimestre deste ano ficou em 0,7%, para o quarto trimestre ficou em 0,5% e para o quarto trimestre de 2026 em 0,1%.

As medianas para a taxa de crescimento do PIB potencial ficaram em 2% no curto prazo, em dois anos e em cinco anos. Para as projeções da taxa de juros real neutra, que não acelera nem desacelera a economia, as medianas ficaram em 6% no curto prazo, 5,5% em dois anos e 5% em cinco anos.

Sobre o cenário fiscal, a mediana das projeções de déficit para 2025 é de R$ 69 bilhões, menor do que os R$ 73 milhões de novembro. Para 2026, a mediana ficou em R$ 82 bilhões, abaixo dos R$ 85 bilhões da edição anterior do QPC.

Questionados sobre o impacto líquido da guerra comercial sobre a inflação no Brasil, 48% apontaram que o efeito seria desinflacionário, 44% que seria neutro e 7%, inflacionário.

O Banco Central também perguntou sobre a avaliação da evolução do ambiente externo do ponto de vista das economias emergentes desde a reunião do Copom de novembro. A maior parte dos respondentes, 49%, disseram que não houve mudança relevante. Outros 46% apontaram que o cenário ficou mais favorável e 5% menos favorável.

— Foto: Vlada Karpovich/Pexels

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img