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Os contratos futuros de ouro encerraram próximos da estabilidade nesta terça-feira (16), recuperando-se das perdas vistas durante o início da sessão depois da divulgação do payroll. O relatório de trabalho mostrou uma continuidade da deterioração do mercado de trabalho americano, mas em um grau menor do que em meses anteriores, o que impulsionou uma corrida em direção a ativos seguros. O metal ainda foi negociado em uma faixa estreita e próximo das máximas históricas.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos futuros de ouro com entrega para fevereiro encerraram em queda de 0,07%, a US$ 4.332,3 por onça-troy.
O payroll mostrou a abertura de 64 mil vagas de empregos em novembro, acima do consenso de 45 mil, mas um fechamento de 105 mil vagas em outubro, o que praticamente anulou os ganhos de setembro, de 108 mil. A taxa de desemprego subiu para 4,6% em novembro. Os dados, embora justifiquem os últimos cortes do Federal Reserve (Fed), não mexeram o ponteiro da política monetária para a reunião de janeiro, para qual o consenso ainda aponta para uma manutenção nos juros.
Os profissionais da Lombard Odier, no entanto, enxergam um cenário positivo para o ouro no ano que vem. Caso o Fed reduza os juros, a queda nos Treasuries e a fraqueza do dólar poderão sustentar a demanda dos investidores. Além disso, o ativo deve se beneficiar da diversificação de carteiras, em meio à possível renovação das incertezas tarifárias, com o julgamento sobre a validade das taxas impostas pelo governo Donald Trump previsto para janeiro do ano que vem.
“De modo geral, inteligência artificial, inflação, crescimento e riscos geopolíticos continuarão sendo temas-chave ao longo de 2026. As commodities devem continuar a desempenhar um papel na proteção contra a inflação e no posicionamento tático, com o ouro servindo como uma âncora atraente para o portfólio em meio às incertezas atuais”, disse Luca Bindelli, diretor de estratégia de investimentos do banco suíço.