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sábado, dezembro 20, 2025

Ataque terrorista na Austrália endurece combate ao antissemitismo

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O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou em entrevista coletiva, na sexta-feira (19), em Canberra, um pacote de medidas para combater o antissemitismo e o discurso de ódio no país, após o ataque terrorista no último domingo (14). A ofensiva mira, sobretudo, a propagação de ideias associadas ao Estado Islâmico.

Na quinta-feira (18), o Estado Islâmico confirmou a autoria do ataque terrorista, durante um evento judaico na praia de Bondi, em Sydney. A ação deixou 16 mortos, incluindo um dos dois atiradores. Em comunicado, o grupo classificou o ataque como “motivo de orgulho”.

Diante do crime, Albanese adotou um tom duro. “Os australianos estão chocados e furiosos. Eu estou furioso”, afirmou. Segundo ele, o episódio deixa claro que o país precisa avançar no enfrentamento ao extremismo. “Precisamos fazer mais para combater este flagelo maligno”, declarou, ao prometer uma ofensiva ampla para erradicar “o mal do antissemitismo da nossa sociedade”.

O premiê reforçou, ainda, o direito de “todo judeu australiano” de viver com segurança, respeito e reconhecimento por sua contribuição ao país. Ao mesmo tempo, acusou “terroristas inspirados pelo EI” de tentarem dividir a sociedade. Em contraste, destacou a resposta da população, marcada por “amor e compaixão” às vítimas.

Austrália autoriza perseguição a extremistas após ataque terrorista

Entre as medidas anunciadas, o governo passará a autorizar as autoridades a perseguir pregadores extremistas e a negar ou cancelar vistos de pessoas que promovam “ódio e divisão”. Além disso, o Executivo criará um sistema para listar organizações cujos líderes difundam discursos de ódio. A legislação também passará a tratar como crime federal a “difamação grave” baseada na origem étnica e a defesa da supremacia racial.

O pacote segue recomendações de um relatório elaborado pela comissária do governo para o combate ao antissemitismo, que acompanhou a coletiva. Ela classificou o anúncio como um “passo importante”. O Conselho Judaico da Austrália também manifestou apoio à iniciativa.

Albanese anunciou ainda a criação de um dia de reflexão pelas vítimas, em 21 de dezembro. Na data, as bandeiras de prédios públicos da Austrália e de Nova Gales do Sul serão hasteadas a meio mastro. Além disso, o país terá um dia nacional de luto no Ano Novo.

Paralelamente, o premiê lançou um novo programa de recompra de armas. Estados e territórios ficarão responsáveis por recolher os armamentos e efetuar os pagamentos, enquanto a Polícia Federal cuidará da destruição do material. Segundo Albanese, a Austrália abriga atualmente mais de quatro milhões de armas de fogo.

“Os terríveis eventos de Bondi mostram que precisamos tirar mais armas das nossas ruas”, afirmou. Ele classificou a iniciativa como o maior programa de recompra de armas desde 1996.

[Fonte Original]

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