Militares dos Estados Unidos confiscaram um navio petroleiro na costa da Venezuela, segundo informaram fontes ouvidas pelas agências Bloomberg e Reuters nesta quarta-feira (10). De acordo com as informações, a embarcação operava sob sanções e havia atracado pela última vez em portos venezuelanos. O ato é mais um dos efeitos da pressão militar dos EUA contra o regime de Nicolás Maduro.
Segundo informou a Bloomberg, citando fontes do governo de Donald Trump envolvidas com a operação, os EUA realizaram uma “ação judicial de fiscalização contra uma embarcação apátrida”. A Reuters, que afirma ter ouvido três autoridades dos EUA, relatou que o confisco da embarcação foi liderado pela Guarda Costeira americana. Conforme a agência britânica, os oficiais não detalharam o nome do navio, sua bandeira ou o ponto exato da interceptação.
A apreensão indica que os Estados Unidos buscam tornar ainda mais difíceis as exportações de petróleo da Venezuela, já limitadas pelas sanções em vigor. Segundo a Bloomberg, a operação tende a aumentar o receio de outros transportadores em carregar petróleo venezuelano, devido ao risco de novas ações semelhantes. A maior parte do petróleo da Venezuela tem como destino a China, geralmente enviada por intermediários e com descontos elevados justamente pelo risco associado às sanções.
Analistas ouvidos pela Bloomberg afirmam que o movimento representa uma escalada na tensão entre EUA e Venezuela. Neste momento, os Estados Unidos mantêm uma ampla presença militar no Caribe, com tropas, forças especiais e porta-aviões de última geração. As operações em curso na região incluem a interceptação de embarcações que, segundo a Casa Branca, transportam drogas a partir da Venezuela. De acordo com o governo Trump, o ditador Nicolás Maduro lidera uma organização criminosa dedicada ao narcotráfico. Caracas rejeita as acusações e diz que os EUA atacam pescadores e desejam promover uma mudança de regime no país.