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domingo, dezembro 14, 2025

Fórmula 1 em 2026: as 5 Atualizações Que Redesenham a Categoria

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Divulgação

A equipe que competiu em 2025 como Stake F1 Team Kick Sauber — e que foi conhecida como Alfa Romeo de 2018 a 2023 — se tornará Audi.

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A temporada 2025 da Fórmula 1 já ficou para trás, mas os carros voltam à pista em apenas três meses, quando a campanha de 2026 começa na Austrália.

Os fãs americanos de F1 poderão acompanhar a ação da próxima temporada na Apple TV, depois que a categoria assinou um acordo de cinco anos para tornar o serviço de streaming sua casa nos Estados Unidos, após oito temporadas de transmissões com a ESPN. O novo acordo deverá pagar à F1 cerca de US$ 140 milhões por ano, em média, acima dos aproximadamente US$ 85 milhões anteriores.

Mas essa não é a única mudança que chega à Fórmula 1 em 2026. Os carros serão diferentes. O calendário será diferente. Até as equipes serão diferentes. Aqui estão cinco pontos-chave para observar após a retomada em março.

Um novo desafiante

Depois de sete temporadas consecutivas com dez equipes, a Fórmula 1 voltará a ter 11 no próximo ano com a chegada da Cadillac.

A saga começou em 2023, quando o grupo agora conhecido como Andretti Global — que participa de categorias como a IndyCar e a totalmente elétrica Fórmula E — fez uma proposta em parceria com a Cadillac, marca da General Motors. A proposta foi aprovada pela FIA, órgão que rege a F1, mas as equipes existentes se opuseram ferozmente, principalmente por temerem que um novo concorrente diluísse a fatia de receita central da liga sem expandir de forma material os negócios da F1.

Após uma mudança de liderança na Andretti, e com a GM se comprometendo a fabricar motores para a F1 adiante, a Cadillac recebeu a aprovação final do Formula One Group em março de 2025. (O fato de a Cadillac ter concordado em pagar uma taxa de US$ 450 milhões para mitigar o impacto de receita nas outras equipes — além de centenas de milhões em custos de início de operação — também ajudou a abrir caminho.)

Se a presença de uma marca americana de carros ajudará a Fórmula 1 a avançar ainda mais no lucrativo mercado dos EUA é uma incógnita, e ninguém espera que a Cadillac seja competitiva na pista desde o começo. Mas as primeiras contratações da equipe têm experiência. O chefe de equipe Graeme Lowdon foi diretor esportivo da Manor Marussia antes de ela entrar em administração em 2014, e os pilotos Valtteri Bottas e Sergio Pérez somam 26 temporadas na F1, ambos com vice-campeonatos (Bottas pela Mercedes em 2019 e 2020 e Pérez pela Red Bull em 2023).

Independentemente de como for a temporada de estreia da Cadillac, não espere mais novos entrantes no grid. Embora o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tenha sugerido que a Fórmula 1 poderia voltar a 12 equipes no futuro, o CEO da F1, Stefano Domenicali, tem rebatido repetidamente a ideia, dizendo recentemente que “já estamos em um ponto sem mais espaço — logisticamente, estamos no limite”.

Novos nomes

A Cadillac será a única equipe a começar do zero na próxima temporada, mas não será o único novo nome no paddock. Para começar, a Toyota Gazoo Racing substituirá a MoneyGram como patrocinadora-máster da Haas, e a McLaren vendeu seus naming rights para a Mastercard, seu primeiro patrocínio desse tipo desde 2013. (O acordo vale cerca de US$ 100 milhões anuais e o CEO Zak Brown confirma que é “a maior parceria que a McLaren já firmou”.)

Mais significativamente, a equipe que competiu em 2025 como Stake F1 Team Kick Sauber — e que foi conhecida como Alfa Romeo de 2018 a 2023 — se tornará Audi, com patrocínio de título da fintech britânica Revolut. A montadora alemã concluiu a aquisição total da equipe em janeiro de 2025 e pretende disputar o título até 2030, segundo o CEO Gernot Döllner — ambição elevada para uma equipe que terminou em nono no Mundial de Construtores em 2025.

Os pilotos Nico Hülkenberg e Gabriel Bortoleto e o chefe de equipe Jonathan Wheatley passam da Sauber para a Audi, mas a pintura do carro será um sinal claro de mudança de rumo, trocando o esquema verde ácido e preto desta temporada por prata, vermelho e preto em 2026.

Novos fornecedores de motor

Com a transição da Sauber para Audi, a equipe deixará de usar motores Ferrari para se tornar time de fábrica em 2026, produzindo suas próprias unidades de potência. Pode levar tempo para acertar os detalhes, porém. “Sabemos que 2026 não será o ano em que estaremos no topo”, disse Mattia Binotto, chefe do projeto Audi F1, ao Motorsport.com em maio, e o TheDrive.com informou em meados de novembro que a Audi já teria pausado o desenvolvimento do motor para a próxima temporada, focando em 2027 e 2028.

Outras equipes também mudarão de fornecedor. A Ford, que participou pela última vez em 2004, passará a equipar as duas equipes da Red Bull: Red Bull Racing e Racing Bulls. A Honda, que havia reduzido seu programa ao suporte à Red Bull no fim de 2021, também retorna em escala total como fornecedora da Aston Martin, que abrirá mão dos motores Mercedes. Enquanto isso, a Renault deixará de fornecer motores para a Alpine, que passará a comprar unidades da Mercedes. (A Cadillac, nova no grid, comprará componentes da Ferrari até se tornar fornecedora de unidade de potência em 2029.)

Sob os novos regulamentos de 2026, os motores continuarão sendo V6 com mais de 1.000 cavalos, mas rodarão com combustível sintético sustentável e terão quase o triplo de potência elétrica, aproximando-se de uma divisão 50/50 entre combustão e energia elétrica (atualmente cerca de 80/20).

Novas especificações técnicas

A FIA costuma reformular os regulamentos técnicos em torno do motor ou do chassi em uma mesma temporada, mas 2026 verá mudanças em ambas as frentes.

Os carros terão peso mínimo de 768 kg — 30 kg a menos que em 2025. Serão também cerca de 20 cm mais curtos (com entre-eixos em torno de 3,40 m) e cerca de 10 cm mais estreitos (por volta de 1,90 m). Os pneus ficarão ligeiramente mais estreitos, e a FIA afirmou que a downforce foi reduzida em 30% e o arrasto em 55%.

As novas especificações visam tornar os carros mais ágeis, criando mais oportunidades de ultrapassagem, e os carros também contarão com aeroativa para elevar a velocidade tanto em curvas quanto em retas, dependendo da posição das asas dianteira e traseira móveis.

Mas um chassi menor traz uma desvantagem para as equipes: menos espaço para adesivos de patrocinadores.

Como as equipes tiveram de dedicar recursos adicionais de P&D na mudança de regulamento, a F1 elevará seu teto de gastos para US$ 215 milhões em 2026, acima dos cerca de US$ 170 milhões deste ano (somando o baseline de US$ 135 milhões e ajustes de inflação e número de corridas). O sistema, implementado em 2021 para nivelar o jogo após orçamentos acima de US$ 400 milhões, limita despesas em diversas áreas ligadas ao projeto e construção dos carros.

Novas corridas

As seis primeiras etapas da temporada 2026 serão idênticas às de 2025, mas depois disso o calendário ganha atualizações.

Alguns eventos serão reorganizados para tornar a logística de frete mais eficiente. Por exemplo, o GP do Canadá passará para maio, em vez de junho, para seguir a etapa de Miami, e os meses de verão terão nove corridas seguidas na Europa.

Com a descontinuação do GP da Emília-Romanha em Imola após 2025, a categoria ganhará uma corrida em Madri para completar o calendário. A mudança dará à Espanha duas etapas, com a outra em Barcelona; os EUA — com Miami, Austin e Las Vegas — continuam sendo o único país com mais de um Grande Prêmio.

Mais uma vez, a F1 realizará seis sprints. China e Miami repetem, mas, no lugar de Bélgica, Austin, Brasil e Catar, entram Canadá, Grã-Bretanha, Holanda e Cingapura.

E embora a Fórmula 1 ainda não tenha divulgado o calendário de 2027, uma mudança iminente já foi revelada: o GP da Holanda sairá do cronograma após 2026. Portugal, Ruanda, África do Sul e Coreia do Sul estariam entre os países que disputam uma vaga, e Argentina, Alemanha, Nigéria, Tailândia e Turquia também manifestaram interesse para o futuro.



[Fonte Original]

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