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Motores elétricos, turismo e milhões injetados na economia paulistana. Depois de receber a Fórmula 1 e movimentar cerca de R$ 2 bilhões na economia da cidade, São Paulo volta a colocar o automobilismo no centro do calendário com o E-Prix, etapa de abertura da Temporada 12 (2025/26) do Campeonato Mundial FIA de Fórmula E, neste sábado, 6 de dezembro de 2025.
De acordo com dados da SPTuris (São Paulo Turismo), a prova de carros elétricos realizada em 2024, no circuito de rua do Anhembi, gerou um impacto econômico de R$ 180 milhões e demandou a atuação de 6 mil profissionais em montagem, decoração, ambientação, segurança, limpeza e orientação de público. Para 2025, a expectativa da organização e da própria prefeitura é que o valor seja ainda maior, com cerca de 25.000 fãs ocupando arquibancadas, hotéis, bares e restaurantes em mais de 10 horas de programação no Sambódromo.
Pela segunda vez na história, a Fórmula E escolhe São Paulo — cidade berço de lendas como Ayrton Senna e Emerson Fittipaldi — para abrir a temporada. O circuito de 2.933 metros, com 11 curvas e três retas longas conectadas por curvas de baixa velocidade, privilegia ultrapassagens, vácuo e gestão de energia e temperatura das baterias.
Em 2024, a corrida entregou um início de temporada dramático: Mitch Evans (Jaguar TCS Racing) largou da 22ª posição e venceu após duas bandeiras vermelhas e uso estratégico do Modo de Ataque, segurando a pressão de António Félix da Costa e vendo o estreante Taylor Barnard se tornar o piloto mais jovem a subir ao pódio da categoria.
Para 2025, o grid chega renovado. O atual campeão mundial Oliver Rowland (Nissan) tenta repetir o desempenho após liderar boa parte do E-Prix de São Paulo no ano passado, enquanto a Porsche Formula E Team defende os títulos de Equipes e Fabricantes.
A prova ganha ainda mais peso local com a estreia do brasileiro Felipe Drugovich (Andretti Formula E) e o retorno de Lucas di Grassi (Lola Yamaha ABT), diante da torcida brasileira. “Acho que essa será provavelmente uma das melhores experiências da minha carreira; fazer minha estreia em uma corrida internacional e em uma categoria de ponta do automobilismo no Brasil”, diz Drugovich.
A Fórmula E também usa o evento para reforçar seu discurso de sustentabilidade. O E-Prix será alimentado por energia 100% renovável, combinando a rede elétrica brasileira e geradores a combustível verde, que reduzem emissões em até 90%.
Os ingressos para o E-Prix de São Paulo têm preços a partir de R$ 174,50, com vendas exclusivas pela plataforma Fever, incluindo opção de ingresso solidário mediante doação de R$ 20 ou mais para a iniciativa Voz dos Oceanos, que atua no combate à poluição plástica nos mares. A programação começa às 7h, no Sambódromo do Anhembi, e a largada está marcada para 14h05, horário de Brasília.