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quarta-feira, dezembro 10, 2025

Ibovespa Termina o Dia em Leve Queda com Cenário Político no Radar

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O Ibovespa fechou a terça-feira (9) em leve queda, com os ganhos em papéis ligados a commodities ajudando o índice a apagar a maior parte das perdas observadas durante a manhã, enquanto agentes monitoraram o noticiário político com novos comentários do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sobre sua candidatura à Presidência.

O índice brasileiro recuou 0,13%, a 157.981,13 pontos, após marcar 155.187,81 na mínima e 158.851,19 na máxima do dia. O volume financeiro no pregão desta terça-feira somou R$ 25 bilhões.

Flávio Bolsonaro repetiu na manhã desta terça-feira que sua candidatura à Presidência é irreversível, agradeceu o apoio manifestado na véspera pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e disse que a preocupação dos mercados financeiros é com uma possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Divulgada na sexta-feira, a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia escolhido Flávio para ser o candidato do campo bolsonarista à Presidência foi mal recebida pelo mercado, já que os agentes entendem que Flávio reúne menos condições que Tarcísio para atrair o eleitor de centro e derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O mercado estava comprando muito mais que o [Jair] Bolsonaro iria apoiar Tarcísio”, disse Thiago Calestine, economista e sócio da Dom Investimentos.

Ao longo da tarde, o mau humor foi se dissipando, com os ganhos de ações da Petrobras e de siderúrgicas revertendo a tendência de queda do índice acionário, que chegou a operar em leve alta.

“Um dos principais motivos para essa reversão de preço foi o investidor olhando para a bolsa e vendo preços descontados ao que nós tínhamos na semana anterior”, afirmou Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos.

Também durante a tarde, já no noticiário político, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a Casa irá empreender um esforço concentrado para votar matérias de interesse da equipe econômica e também deverá usar seus últimos dias antes do recesso para votar o chamado projeto da dosimetria, que reduz penas de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Os agentes aguardam agora as decisões de juros do Banco Central e do Federal Reserve, que serão divulgadas na quarta-feira, e que adicionaram algum grau de cautela nas negociações.

As apostas majoritárias do mercado sinalizam manutenção da Selic em 15%, enquanto para o Fed a perspectiva é de corte de 25 pontos-base da taxa de juros dos EUA, mesmo após a publicação de dados de emprego do mercado de trabalho norte-americano melhores que o esperado nesta terça-feira.

Dólar

O dólar voltou a subir no Brasil após o senador Flávio Bolsonaro reiterar que sua candidatura à Presidência é “irreversível”, mas a divisa desacelerou os ganhos durante a tarde em meio às discussões em Brasília para votação de projeto que trata das penas dos condenados por tentativa de golpe.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,35%, aos R$ 5,4411. No ano, porém, a divisa acumula perdas de 11,94%.

Às 17h08, o contrato de dólar futuro para janeiro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,05% na B3, aos R$ 5,4610.

No início do dia, Flávio repetiu que sua candidatura à Presidência é “irreversível” e agradeceu o apoio manifestado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na véspera. O senador falou à imprensa após visitar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena por tentativa de golpe de Estado.

Na noite de segunda-feira, Flávio já havia dito em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que sua candidatura era irreversível.

Às 10h35, logo após os comentários de Flávio, o dólar à vista atingiu a cotação máxima intradia de 5,4965 (+1,37%), em meio à avaliação de que o senador é menos competitivo que Tarcísio — o favorito do mercado — na disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois disso, porém, o dólar desacelerou, em movimento intensificado no início da tarde, após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que o projeto de dosimetria das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro será votado na Casa. Em tese, o projeto poderia reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Uma das interpretações no mercado é a de que, se o projeto for aprovado, crescem as chances de Flávio desistir da candidatura, colocando novamente na disputa o nome de Tarcísio.

Às 13h31, o dólar à vista atingiu a mínima de R$ 5,4215 (-0,01%), para depois voltar a ganhar força e fechar em alta, ainda distante dos R$ 5,50.

Os investidores operavam também com foco na última reunião do Comitê de Política Monetária do ano, que terminará na quarta em meio à expectativa praticamente unânime de manutenção da taxa de juros em 15%, com o comunicado possivelmente trazendo indicações sobre as perspectivas para a reunião de janeiro.

No exterior, o dia foi de expectativa antes da decisão sobre juros do Federal Reserve, na quarta-feira. Às 17h05 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,14%, a 99,211.



[Fonte Original]

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