Os meses de pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela não tem como prioridade o combate ao narcotráfico ou a derrubada do regime de Nicolás Maduro, mas sim o petróleo disponível no país sul-americano, segundo o jornal The New York Times.
Para defender isso, a publicação citou um discurso da líder opositora venezuelana María Corina Machado, agraciada com o Nobel da Paz 2025 por sua luta incansável para encerrar décadas de ditadura em seu país.
Durante uma conferência empresarial em Miami, no mês passado, que contou com a presença de executivos e políticos americanos, incluindo o presidente Trump, ela falou de uma “oportunidade de 1,7 trilhão de dólares” dentro da Venezuela, destacando os recursos disponíveis no país, como as grandes reservas de petróleo e gás.
No discurso, ela disse que os venezuelanos estão dispostos a “abrir tudo – exploração, transporte e refino – para todas as empresas”. Ela também mencionou os recursos minerais e a infraestrutura energética.
O Times menciona que, nos bastidores, funcionários do governo têm se concentrado intensamente nas reservas de petróleo da Venezuela, consideradas as maiores do mundo, por meio de negociações secretas com o regime de Nicolás Maduro e de conversas dos assessores da Casa Branca com a líder opositora e seus aliados internos.
Na terça-feira (16), o presidente Donald Trump ordenou “o bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entrem e saiam da Venezuela”, o que representa mais um passo na escalada de pressão da Casa Branca sobre o regime de Nicolás Maduro.
Trump afirmou em sua conta na Truth Social que a Venezuela “está cercada” pela “maior armada jamais reunida na história da América do Sul” e que a comoção será como nunca antes até que “devolvam todo o petróleo, as terras e outros ativos que roubaram previamente” dos Estados Unidos.