A Associação Brasileira de Tokenização e Ativos Digitais (ABToken) apresentou ao Banco Central do Brasil uma proposta para criar um sandbox regulatório específico para o setor de criptomoedas. A sugestão foi tema de um encontro realizado nesta quinta-feira (11), em São Paulo, com participação de representantes da entidade e do Banco Genial.
A discussão ocorre em meio às novas regras do Banco Central para prestadores de serviços de ativos virtuais, publicadas recentemente e que começam a valer em 2 de fevereiro de 2026. As normas tratam de governança, segregação de ativos de clientes e exigências de compliance, reforçando a supervisão sobre empresas que operam com criptoativos no país.
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Para a ABToken, o sandbox, que é ambiente controlado para testes de produtos e modelos de negócio, poderia ajudar a enfrentar problemas específicos das operações OTC (over-the-counter), segmento que movimenta volumes relevantes fora das plataformas tradicionais e que ainda carece de padrões mínimos de transparência e reporte.
Segundo a associação, a medida permitiria que empresas testassem soluções sob supervisão direta do BC, reduzindo riscos e acelerando a padronização do setor.
A diretora-executiva da ABToken, Regina Pedroso, afirmou que o avanço regulatório é importante para dar segurança jurídica e permitir que o mercado se desenvolva. “Um ambiente regulado, com supervisão adequada, é necessário para que empresas de cripto possam inovar e crescer com confiança”, disse.
A proposta deve ser formalmente apresentada ao Banco Central em janeiro de 2026, com apoio de empresas como Resolve Pay, Bloquo e OTCs associadas à ABToken. O trabalho envolve um grupo dedicado dentro da associação e conta ainda com análises jurídicas de escritórios como Veirano, Pinheiro Neto e Bluz.
A ABToken afirma que continuará dialogando com o BC e outros reguladores para contribuir com o desenvolvimento de regras que promovam transparência, proteção ao investidor e competitividade internacional no mercado brasileiro de ativos digitais.
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