Uma breve alta do Bitcoin para US$ 90.000 na tarde de quarta-feira (17) parecia uma boa confirmação de um possível rali de natal da criptomoeda — mas então tomou um rumo nada comportado e despencou para perto de US$ 85.000.
Na manhã desta quinta (18), o BTC recupera parte das perdas e é negociado a US$ 87.221, em alta de 1% no dia, de acordo com o CoinGecko. Em reais, a cotação do ativo está em R$ 482.540, segundo dados do Portal do Bitcoin.
O sobe e desce do BTC fez com que um total de US$ 152 milhões em contratos de derivativos de Bitcoin fosse liquidado no último dia, segundo a plataforma CoinGlass. A maioria das liquidações (US$ 90 milhões) afetou traders que apostavam na queda do ativo, enquanto aqueles que esperavam alta foram liquidados em US$ 62,7 milhões.
Outros grandes ativos seguiram o movimento do Bitcoin, subindo na quarta-feira antes de registrarem perdas mais acentuadas. A maioria, no entanto, permanece no vermelho nesta manhã.
O Ethereum cai 2% no dia, sendo negociado a US$ 2.855 após ter ultrapassado os US$ 3.000 mais cedo. No acumulado da semana, recua 10,7%, liderando as perdas entre os 10 maiores criptoativos por valor de mercado.
Falso rali?
O falso rali foi antecedido por dois dias consecutivos de saídas nos ETFs de Bitcoin. Somente nesta semana, os fundos de BTC já perderam US$ 634 milhões, segundo a Farside Investors.
No início da semana, Bitcoin e Ethereum oscilaram depois que os EUA divulgaram dois meses de dados de empregos mostrando que o desemprego atingiu o nível mais alto desde 2021.
Enquanto isso, traders de Bitcoin se preparam para uma possível alta de juros pelo Banco Central do Japão nesta sexta-feira. Caso aconteça, isso pode reverter o lucrativo “carry trade” do iene, uma grande fonte de liquidez global que historicamente impulsiona ralis em ativos de risco como o Bitcoin. Geralmente, quando a liquidez seca, há menos dólares fluindo para ativos de risco, como Bitcoin e ações.
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Mas Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise, disse ao Decrypt mais cedo que a alta de juros não deve gerar muita volatilidade, acrescentando que ela já é amplamente esperada e, portanto, deve estar precificada pelo mercado.
“Dito isso, é uma manchete assustadora — taxas de juros japonesas no maior nível em 30 anos! — e, no ambiente atual, pode haver uma pressão baixista de curto prazo à medida que investidores reagem a essa notícia”, disse Hougan.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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