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quinta-feira, dezembro 11, 2025

Itaú recomenda alocação de até 3% em Bitcoin: ‘diversificação real e proteção’

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Resumo da notícia:

  • O Itaú recomenda uma alocação de 1% a 3% em Bitcoin em 2026

  • Segundo a análise, o critptoativo tem efeito diversificador e oferece proteção cambial.

  • Apesar da queda de 16% do par BTC/BRL em 2025, o Bitcoin mantém seu potencial de valorização no longo prazo, segundo o Itaú.

Maior banco privado do Brasil, o Itaú recomenda que os investidores mantenham uma exposição de 1% a 3% de seu portfólio em Bitcoin (BTC) em 2026, apesar do desempenho negativo do criptoativo neste ano.

O boletim de mercado assinado por Renato Eid argumenta que o Bitcoin está consolidado como um ativo relevante em portfólios que buscam “diversificação real” em um cenário de incertezas macroeconômicas e instabilidade geopolítica:

“É justamente nesse contexto que o Bitcoin assume papel relevante: um ativo distinto da renda fixa, das ações tradicionais ou de mercados domésticos, com dinâmica própria, potencial de retorno e — por sua natureza global e descentralizada — capacidade de atuar como proteção cambial.”

O Itaú oferece exposição ao Bitcoin por meio de investimento direto no Íon, plataforma de investimentos do banco, ou por meio do ETF BITI11, fundo de índice negociado na B3 atrelado ao valor de mercado do BTC no mercado à vista.

Correlação do Bitcoin com diferentes ativos financeiros. Fonte: Itaú

Desempenho negativo em 2025 foi potencializado pela valorização do real

A análise do Itaú lembra que o Bitcoin abriu o ano cotado em torno de US$ 93.500 e oscilou entre mínimas locais na faixa dos US$ 80.000 e máximas históricas acima de US$ 125.000.

Negociado em torno de US$ 90.000 nesta quinta-feira, 11 de dezembro, o Bitcoin acumula perdas de 3,5% em 2025, de acordo com dados da TradingView. Em reais, a desvalorização é de 16,2%, ampliada pela apreciação do real frente ao dólar.

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Gráfico diário BTC/BRL. Fonte: TradingView

Segundo Eid, a volatilidade evidencia que, no caso do Bitcoin, “o futuro segue sendo imprevisível.” Ainda assim, o risco maior é não estar exposto ao criptoativo:

“Até aqui, o câmbio se depreciou em torno de 15%, tendo um impacto negativo nas estratégias de proteção cambial. No caso do Bitcoin, essa desvalorização cambial detrai a performance em reais, mas em momentos de stress, ajuda – e muito – a sua carteira de investimentos. Basta lembrar de dezembro de 2024, quando o câmbio chegou a operar em torno de US$ 6,30.”

Por isso, argumenta o analista, tentativas de prever o futuro do Bitcoin ou de outros ativos de risco são quase sempre contraproducentes: o foco deve estar no longo prazo.

Buscando equilíbrio entre o risco e o retorno nos investimentos em Bitcoin

A análise enfatiza que o Bitcoin não deve compor o núcleo de um portfólio de investimentos equilibrado. O criptoativo deve ser utilizado como um componente complementar de diversificação, “com peso apropriado ao perfil de risco” de cada investidor.

“Esse caráter híbrido — parte de risco elevado, parte de ‘reserva de valor global’ — torna o ativo um complemento interessante de carteira para quem busca resiliência e oportunidade internacional”, afirma Eid.

Para investidores que buscam explorar o potencial de valorização do Bitcoin, o analista recomenda uma estratégia que combina moderação e disciplina com rebalanceamentos constantes para minimizar o risco:

“É preciso definir uma alocação estratégica (por exemplo, 1% a 3% do portfólio total), manter o horizonte de longo prazo e resistir à tentação de reagir a ruídos de curto prazo.”

Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, uma alocação de 5% do portfólio em criptoativos passará a ser o “novo normal”, segundo Samir Kerbage, CIO da gestora brasileira de ativos digitais Hashdex.

[Fonte Original]

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