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domingo, dezembro 14, 2025

Brasil lançará 1° voo comercial de foguete do Maranhão na próxima quarta-feira (17)

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Quase 30 vezes mais rápido que um avião comercial (30 mil km/h), alto como um prédio de sete andares (21,9 m) e pesado como quatro elefantes africanos (20 toneladas). Esses são os números do HANBIT-Nano, foguete sul-coreano da Innospace que fará o primeiro voo comercial orbital a partir da Base de Alcântara, no Maranhão, previsto para a próxima quarta-feira (17).

Coordenada pela FAB (Força Aérea Brasieleira) e AEB (Agência Espacial Brasileira), a missão Spaceward pode inserir o Brasil no mercado global de lançamentos espaciais.

O que é um voo orbital e por que Alcântara é perfeita para isso?

Diferente de foguetes suborbitais (que “saltam” e voltam), o HANBIT-Nano alcançará a órbita da Terra em cerca de 3 minutos, escapando da gravidade.

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Ele leva oito cargas úteis: cinco satélites e três experimentos brasileiros e indianos, como o Jussara-K (UFMA, dados ambientais em áreas remotas), FloripaSat-2 (UFSC, comunicação orbital), PION-BR2 (mensagens de alunos de Alcântara), SNI-GNSS (AEB, navegação precisa para drones e navios) e Solaras-S2 (Índia, monitoramento solar).

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Alcântara, inaugurada em 1983, tem localização privilegiada perto do Equador: menor latitude significa mais velocidade de rotação terrestre, gastando menos combustível — até 20% a menos que bases em latitudes altas. Baixo tráfego aéreo e marítimo garantem segurança.

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O lançamento ocorre em dois estágios: o primeiro (com motor híbrido HyPER, combustível sólido/líquido ajustável em tempo real) impulsiona; o segundo insere satélites na órbita, protegidos por coifa.

Histórico marcado por tragédia e superação

O cosmódromo ficou subutilizado após o acidente do VLS-1 em 2003, que matou 21 pessoas a três dias do lançamento, paralisando o programa.

Questões fundiárias com quilombolas (maior proporção do Brasil, per IBGE 2022) levaram a condenação na Corte Interamericana em 2025. Em 2024, o governo assinou termo de conciliação: 78,1 mil hectares para quilombolas e 12,6 mil para o CLA, resolvendo impasse de 40 anos.

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O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com EUA (2019) abriu portas para foguetes com componentes americanos. A Alada (criada em 2025) negocia contratos comerciais, com preços internacionais. Quatro empresas foram habilitadas, incluindo Innospace (taxa mínima, sem lucro).

De subutilizado a gerador de renda

“Primeiro lançamento comercial partindo do Brasil, abrindo caminhos para renda e investimentos”, diz o Coronel Clovis Martins de Souza, diretor do CLA. 500 profissionais (civis e militares) foram mobilizados. Júlio Shidara (AIAB) alerta: além da geografia, precisa de segurança jurídica, logística barata e prazos curtos para competir globalmente.

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Antonio Chamon (AEB) destaca o boom de foguetes pequenos por startups: “Agora existem clientes”.

O sucesso pode atrair aluguéis de base, taxas e investimentos, beneficiando o ecossistema aeroespacial e regiões como Maranhão.

[Fonte Original]

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