O anúncio de que a Netflix fechou acordo para comprar a Warner Bros. por U$ 72 bilhões sacudiu o mercado e levantou uma série de dúvidas sobre a operação. Desde a parte prática (será que agora “Harry Potter” e “Game of Thrones” estarão na Netflix?) até sobre a operação, que depende de Trump. Mas o motivo real da transação pode ser um “tesouro” de Inteligência Artificial.
Um dos pontos primordiais para a era da automação, de acordo com insiders do Hollywood Reporter, está em uma base sólida de conteúdo de muitas décadas atrás, seja para treinar seu próprio estudo ou fornecer esse material para seus consumidores brincarem. E a Warner tem exatamente isso, enquanto a Netflix (ainda) não.
No comunicado a investidores na última sexta-feira, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, não falou explicitamente sobre isso, mas mencionou diversas vezes que a inovação estava no radar do negócio. A tecnologia depende de uma biblioteca extensa e, agora, a Netflix está prestes ter um grande empurrão nesse sentido.
A Disney já deu os primeiros passos quando o head da companhia Bob Iger anunciou que a empresa vai permitir que assinantes do Disney+ criem conteúdo e consumam conteúdo criado por outros usuários. Em um esforço para “memeficar” obras do conglomerado, que tem, por exemplo, filmes da Pixar e da saga Star Wars.
A Warner tem um portfólio similar, com Harry Potter, Senhor dos Anéis, Looney Tunes e muito mais. E a Netflix tem uma vantagem expressiva: experiência em machine-learning, aperfeiçoada com mais de 15 anos coletando data de seus assinantes e construindo algoritmos para servi-los.
Armado com uma galeria extensa de títulos, um produto como o Sora, por exemplo, pode ser um marco para todo o setor de entretenimento.
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Mesmo assim, potencialmente há desafios jurídicos a serem desembaralhados caso este seja mesmo o caminho a ser adotado pela Netflix.