Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova mão biônica que pode revolucionar as próteses de quem perdeu ou precisou amputar membros superiores. O resultado é possível com uma combinação de sensores modernos e inteligência artificial (IA).
O trabalho é desenvolvido no Utah NeuroRobotics Lab pelo pesquisador Marshall Trout, que está no pós-doutorado sob a supervisão do professor Jacob A. George. Estudos preliminares do projeto foram publicados em um artigo na Nature Communications.
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A ideia por trás da prótese robótica e manter a aparência e o funcionamento de uma mão humana, combinada a uma precisão no toque e até para transportar objetos que não é comum a esse tipo de equipamento.
Como a mão biônica funciona
Normalmente, uma mão biônica replica movimentos a partir de sensores e transmissores que captam os sinais elétricos dos músculos da região, transformando isso em uma ação.
Apesar de realmente permitir movimentações até de dedos e pulso, esse tipo de prótese tende a ser pouco intuitivo em controle e também nada preciso, em especial para movimentos finos — como segurar um objeto frágil, por exemplo, ou transportar um item de um local para outro.
- O projeto da Universidade de Utah combina duas tecnologias a uma mão biônica já existente e fabricada pela TASKA Prosthetics;
- A primeira inovação está na adição de pontas dos dedos customizadas e mais avançadas, que detectam a pressão do movimento e possuem sensores de proximidade. Dessa forma, elas sabem exatamente a hora de parar de pressionar um objeto a ponto de não quebrá-lo e também não derrubar o item;
- O segundo avanço utiliza a IA a partir de uma rede neural treinada para agir junto aos sensores nas pontas dos dedos, permitindo que todo o sistema trabalhe junto;
- De acordo com os cientistas, é esse “controle compartilhado” entre o humano e a máquina que amplia a segurança dos movimentos e reduz o esforço cognitivo necessário para cada movimento;
- No vídeo compartilhado pela equipe, um voluntário dos estudos é mostrado segurando um copo, um ovo e uma folha de papel de duas formas: sem o uso da IA, com o movimento mais irregular, e com a ajuda do sistema, que deixa as ações bem mais refinadas;
Os próximos passos da pesquisa envolvem juntar ainda mais as duas tecnologias para que os sensores aumentem as funções táteis da prótese e ela possa responder ainda melhor a controles feitos pela atividade neural do usuário.
Não há previsão para que esse experimento se transforme em um produto comercial no futuro, mas a ideia é tornar esse equipamento disponível em algum momento para melhorar a qualidade de vida de pessoas com membros superiores amputados.
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